Folha de S.Paulo

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Zebras fazem bolões serem liderados por 'chutadores'

FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO

Quando os atuais campeões do mundo levaram 5 a 1 da Holanda no começo da Copa do Mundo, não foram apenas os espanhóis que lamentaram. Sentiram o golpe também muitos entendidos de futebol que participam de bolões pelo país.

Essa partida, além de Costa Rica 3 x 1 Uruguai, está entre as que tiveram menos acertos em bolões de oito empresas, que reúnem mais de 20 mil participantes, ao fim da primeira fase do Mundial.

E logo o primeiro jogo das oitavas, no empate do favorito Brasil, sinaliza que os apostadores seguirão com dificuldades até o fim.

"Os placares estão derrubando o pessoal", brinca Marcelo Rouco, da agência de comunicação dále ideias, que organiza os palpites para sete companhias. "Quem lidera em geral é aquele que não acompanha futebol."

É o caso, por exemplo, das apostas dos funcionários da empresa Peixe Urbano.

Camila Schiavon, 27, está em primeiro entre os 159 participantes. "Chutei tudo, nem vejo muito futebol."

O resultado da primeira etapa deixou o colega dela Fernando Saad, 29, desconsolado. "Assisto ao Brasileiro, Inglês, Italiano, Espanhol. Não serviu para nada, estou entre os últimos", diz.

Já um dos líderes do bolão do Walmart.com, Eduardo Leite Silva Pinto, 30, escolheu uma estratégia meio camicase: "Estou apostando em várias zebras. Deu certo".