Favoritos dizem não saber o que esperar amanhã

Os corredores admitem: vão disputar amanhã a 87ª edição da São Silvestre no escuro, sem conhecer com quais desafios irão se deparar no novo trajeto.

Durante a entrevista coletiva de ontem com os favoritos, o que mais se ouviu foram declarações como a de Maria Zeferina Baldaia, campeã em 2001.

"Não sabemos o que nos espera. É um percurso novo, não conhecemos. Só no ano que vem vamos saber se ficou melhor ou pior."

Curiosamente, uma das raras análises técnicas do circuito estreante veio de uma atleta estrangeira.

"Para mim, o percurso é bem melhor, porque ficou mais rápido", afirmou a marroquina Samira Raif.

Principal esperança brasileira de evitar uma vitória africana na prova masculina, Marilson Gomes dos Santos fez coro ao desconhecimento do trajeto.

E lamentou que a experiência acumulada ao longo de três vitórias na São Silvestre, inclusive na última edição, seja perdida.

"Fui um dos mais prejudicados. Eu já sabia onde podia acelerar um pouco mais, onde devia me poupar, conhecia as rotas de fuga. Agora, nem eu sei como vou me comportar."

Segundo o técnico de Marilson, Adauto Domingues, por estar com foco na maratona de Londres-2012, o corredor estudou o novo trajeto, mas não fez treinos específicos para as modificações no percurso.

"Não vamos mudar nosso trabalho. Se me dedicar totalmente à ela [São Silvestre], posso perder o próximo ano", disse o treinador de Marilson.