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Argentino afirma que paga até R$ 2.000 para ver decisão

DO RIO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM URUGUAIANA (RS)

Na tarde desta sexta (11), Walter Fuentes, 33, caminhava em torno do Maracanã com uma placa no pescoço. "Quiero entrar a la final #ARG #GER", dizia o cartaz, em papel A4 escrito a caneta pilot.

Assim como ele, muitos argentinos chegaram ao Rio determinados a comprar ingresso para a final, mas, até agora, poucos conseguiram.

O Maracanã e os pontos de retirada de ingressos são os locais mais procurados para a compra de entradas.

Os preços estão muito mais altos do que a maioria pode pagar. Muitos revendedores estão cobrando até R$ 5.000 por ingresso, e a maior parte dos entrevistados está disposta a gastar até R$ 1.000.

Mas há algumas exceções. Adrián Di Forti, 49, disse estar disposto a pagar até R$ 2.000. Ele organiza a viagem ao Brasil há dois anos e conseguiu ingresso para todos os jogos da Argentina, menos para a final. Está num grupo de cinco pessoas, das quais três já conseguiram os seus.

Um grupo de 12 amigos no entorno do Maracanã, todos de Buenos Aires, oferecia até vender suas roupas para comprar ingressos, mas até agora só têm o bastante para pagar R$ 50 por cada um deles.

"Não seria um problema. Vendi o anel do meu avô para financiar a viagem", diz Santiago González, 22.

NA FRONTEIRA

Na fronteira com o Rio Grande do Sul, na aduana de Uruguaiana, argentinos enfrentaram longas filas A espera passava de duas horas.

Até o início da noite, a Polícia Federal registrou a entrada de cerca de 7.600 estrangeiros no Estado, dos quais 7.100 são argentinos. Só em Uruguaiana, 5.700 argentinos cruzaram a fronteira --geralmente, são 200 por dia.

Seis argentinos foram barrados --quatro por histórico de violência e dois por comportamento inadequado.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, leva-se em média 24 horas de Uruguaiana ao Rio. Com as paradas, o percurso é feito em 36 horas.

"Tenho fé de que vamos ganhar no Brasil, onde acontece o melhor Mundial de todos os tempos", disse o sindicalista Roman Godoy, 22.

Ele e seus amigos combinaram de se revezar na direção para chegar ao Rio neste sábado. "Queremos ir e voltar em segurança", disse o estudante Diego Fierro. (LUIZA FRANCO E EVERALDO JACQUES)


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