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Elemento surpresa

A disputa de hoje não deveria existir, a Holanda já ganhou

Fecho com o técnico holandês, Louis van Gaal: 'Só há um prêmio no torneio, que é a taça da Copa do Mundo'

SÉRGIO DÁVILA EDITOR-EXECUTIVO

Disputa pelo terceiro lugar em Copa do Mundo é como eleição de Miss Simpatia ou desfile das escolas de samba campeãs no sábado seguinte ao Carnaval: inútil, constrangedora e deprimente.

Fecho com o técnico holandês, Louis van Gaal, para o qual o jogo de hoje não deveria existir: "Digo isso há 15 anos", afirmou, em entrevista na quarta (9). "Só há um prêmio no torneio, que é a taça da Copa do Mundo. Mas vamos ter de jogar contra o Brasil, e com um dia a menos de descanso. O que é injusto."

Injusto e desnecessário.

Bastaria avaliar a campanha dos perdedores das semifinais: ficaria em terceiro o time com mais pontos até então; o outro ficaria em quarto.

Por este critério, o Brasil já é o lanterna. Teve 11 pontos, ante 14 da Holanda. Sua campanha contou com duas vitórias e um empate na primeira fase. A seleção empatou nas oitavas (ganhando depois nos pênaltis), ganhou nas quartas e teve aquele probleminha dos 7 x 1 na semifinal.

Já a Holanda teve respectivamente três vitórias, seguidas de outra vitória e de dois empates. Ainda que os dois tivessem o mesmo número de pontos, nós perderíamos no saldo de gols.

Descontados os pênaltis pós-prorrogação, fizemos 11 e tomamos 11; os holandeses fizeram 12 e tomaram 4. Ou seja, Holanda em terceiro, Brasil em quarto.

FUTEBOLBRÁS

E, já que o espaço aqui é para ditar regra --e antes de que alguém do governo leve adiante a ideia de reserva de mercado para jogadores nacionais e crie uma Futebolbrás, como se tem falado--, seguem outras sugestões:

1. Fim do empate: nenhum jogo em nenhuma fase termina empatado. Deu resultado igual nos 90 minutos, segue para prorrogação de 30 minutos e então para pênaltis.

Aumenta a competitividade e desfaz o nó na cabeça dos norte-americanos (e concordo com eles), para os quais uma competição esportiva por definição não pode terminar sem vencedor.

2. Fim da mão: só quem encosta na bola é o goleiro. Laterais passam a ser batidos com os pés, como no futsal.

3. Fim da cera: o tempo só corre com bola em jogo. O jogador caiu? Para o cronômetro. A bola saiu? Para o cronômetro. Como no basquete.

4. Fim do limite de substituições: os 23 convocados podem entrar e sair de acordo com o que o momento do jogo pedir, desde que a bola esteja parada, como no futebol americano, e respeitado o limite de 11 em campo por vez.

5. Fim do "professorado": fica proibido o uso de "professor" para se referir ao técnico, a não ser que o treinador tenha lecionado português ou matemática para o jogador na escola.

E "família" só pode ser usado para jogadores com algum grau de parentesco.


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