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Brasil leva de 3 a 0 em despedida melancólica e acaba Copa em 4º

Seleção volta a decepcionar, perde da Holanda, registra seu pior aproveitamento desde 1974 e se torna o anfitrião que mais tomou gols em todos os Mundiais, 14

BERNARDO ITRI FABIANO MAISONNAVE MARCEL RIZZO SÉRGIO RANGEL ENVIADOS ESPECIAIS A BRASÍLIA FILIPE COUTINHO DE BRASÍLIA

No primeiro dia de preparação da seleção para a Copa, o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira anunciou que o time começava o Mundial com uma mão na taça.

O bilionário torneio terminou neste sábado (12) para o time comandado por Luiz Felipe Scolari sem nenhum motivo para comemorar e com uma sucessão de fracassos.

Diante do Mané Garrincha lotado, a seleção foi derrotada com facilidade, pelos holandeses, por 3 a 0, na disputa do terceiro lugar. No jogo anterior, na terça, o Brasil sofrera a maior derrota da sua história. Foi goleado pela Alemanha, por 7 a 1, no Mineirão.

Em quarto lugar, o time nacional encerra o Mundial com o pior aproveitamento de pontos em 40 anos.

A pífia campanha, que teve três vitórias, dois empates e duas derrotas, deixou os comandados por Felipão com só 52,4% de aproveitamento, o mesmo da Copa de 1974 --naquele Mundial, o Brasil também acabou em quarto.

O Brasil também se despede do Mundial como o anfitrião que mais gols tomou em Copas, 14. E Júlio César é o goleiro da seleção que mais levou gols em Copas, 18. Ele também disputou o Mundial da África do Sul, em 2010.

"Saímos até meio perdidos. Não tem o que falar", disse o volante Ramires, que foi titular na capital federal.

"Não tenho que falar mais nada", fez coro o meia Oscar, ao deixar o gramado.

Logo após o novo fracasso, Felipão, que comandou o Brasil na campanha do pentacampeonato, em 2002, anunciou que entregou o cargo. Ele deve se reunir com os dirigentes da CBF e apresentar um balanço de seu trabalho, mas dificilmente será mantido no comando da seleção, que ainda neste ano disputará quatro amistosos.

O passeio holandês na despedida apaga a tese do treinador, de que a goleada em Belo Horizonte foi provocada por uma "pane de seis minutos", quando o time levou quatro gols neste período.

VAIAS PARA FELIPÃO

Felipão foi vaiado pelo estádio logo que o placar eletrônico estampou sua imagem.

O treinador voltou a adotar a tática errada do despiste. Na véspera, dissera que faria duas ou três mudanças no time, que, no entanto, foi a campo com seis mudanças.

A seleção parecia de novo um time de várzea. No primeiro lance, a Holanda marcou. Robben foi derrubado fora da área por Thiago Silva, mas o juiz deu pênalti. Aos 2min, Van Persie fez 1 a 0.

A torcida continuou apoiando, mas o Brasil permanecia perdido. Aos 16min, a defesa falhou de novo. David Luiz rebateu nos pés de Blind, que só teve o trabalho de dominar perto da marca do pênalti e fazer o segundo. No início do lance, De Guzmán estava impedido ao receber passe Robben e cruzar.

A partir daí, a equipe tentou reagir. Na base dos cruzamentos, assustou duas duas vez o goleiro Cillessen.

Com a desvantagem, os reservas ignoravam Felipão e começaram a dar orientações aos colegas. Até Neymar, que se recupera de uma fratura na terceira vértebra, levantou do banco e deu dicas.

No segundo tempo, Felipão mexeu. Colocou Fernandinho no lugar de Luiz Gustavo. Pouco depois, Hernanes entrou na vaga de Paulinho.

Mas a seleção só conseguiu levar perigo em jogadas individuais. Não tinha esquema ou jogadas ensaiadas.

Já a Holanda, cujo técnico, Louis van Gaal, havia dito que a disputa de terceiro lugar nem deveria existir, mostrou-se motivada durante toda a partida. Tanto que, aos 46min do segundo tempo, Wijnaldum fechou o placar.


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