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Mundial chega ao fim com uma herança de 23 obras por fazer

Entre as ações planejadas estão três que só ficarão prontas em 2016, ano dos Jogos Olímpicos no Rio

ANDRÉ MONTEIRO RICARDO GALLO DE SÃO PAULO

A Copa deixa como herança 23 obras que deveriam ter sido entregues entre 2011 e junho de 2014, mas que não ficaram prontas a tempo.

Dez dessas intervenções não tem prazo de entrega. Outras três estão prometidas para 2016, ano da Olimpíada no Rio. Segundo Estados e prefeituras, das dez obras restantes, cinco devem ser entregues até dezembro de 2014 e mais cinco em 2015.

As "sobras" da Copa consistem em obras nas áreas de mobilidade, aeroportos e portos, que ficaram pelo caminho por atrasos na licitação, na execução ou por questionamentos na Justiça.

Todas elas estão ou estiveram na matriz de responsabilidades da Copa, documento assinado pela primeira vez em 2010 --e alterado depois-- no qual os governos listaram ações "que já seriam necessárias" e que deveriam ter sido "antecipadas e priorizadas" para o Mundial.

As 23 ações tiveram custo inicial de R$ 8,8 bilhões; o preço atualizado já bate nos R$ 11 bilhões, 25% a mais.

Será concluída em 2016, por exemplo, a ampliação do terminal de passageiros do aeroporto de São José dos Pinhais, que atende Curitiba.

A obra ficaria pronta em 2013, mas atrasou. Responsável por gerir o aeroporto, a Infraero então dividiu as ações em duas: para a Copa, reformou, modernizou e instalou pontes de embarque, por entender que o aeroporto dava conta do movimento.

A partir de agora, se dará a ampliação de fato, que elevará a capacidade do terminal de 8,5 milhões para 14,8 milhões de passageiros por ano.

Fracionar as obras em duas etapas --Copa e pós-Copa-- foi estratégia do governo em outros sete aeroportos (Confins, Cuiabá, Fortaleza, Galeão, Manaus, Porto Alegre e Salvador), diante da constatação de que as intervenções não acabariam a tempo. Para a Infraero, todas as obras feitas atenderam ao Mundial.

Outra das ações que ficaram pelo caminho foi a Via 710, em Belo Horizonte, que deveria ter ficado pronta em 2012, o que não ocorreu.

Segundo a prefeitura, houve problemas com desapropriações e foi necessária a adequação de projetos. Uma nova licitação foi aberta, e as obras devem levar ao menos mais 18 meses.

As 23 intervenções por fazer integram 167 iniciativas que o governo se comprometeu a fazer. Desse total, 88 (53%) foram entregues completas a tempo do Mundial.

O Ministério do Esporte afirma que todas as ações "fundamentais para a realização" da Copa no país "ficaram prontas a tempo" e que as demais estão em execução e serão concluídas como obras do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento].

Governos e prefeituras afirmam que a maioria das obras por fazer foram excluídas da Matriz de Responsabilidades e, portanto, deixaram de ser prioritárias para a Copa.


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