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FÁBIO SEIXAS

Bem-vinda de volta

Ressureição da Williams tem várias razões de ser e é uma das melhores notícias deste campeonato

Em 2013, a Williams foi nona colocada no Mundial de Construtores. Marcou cinco pontos em 19 corridas e só ficou à frente de Marussia e Caterham, que zeraram.

Nada muito diferente do desempenho dos anos anteriores. Em 2012, foi oitava. Em 2011, nona no campeonato, com os mesmos cinco pontos.

Os tempos de glória pareciam ter ficado para trás, e o espartano mas valiosíssimo museu da equipe, em Grove, assumia cada vez mais ares de melancolia.

Um salto de oito meses.

O GP da Alemanha marcou a metade da temporada de 2014. A mesma Williams tem 121 pontos no campeonato, já ameaça a vice-liderança da Red Bull e vem numa sequência de três pódios --todos com Bottas.

Quarto colocado em Hockenheim, Vettel afirmou que não tinha carro para alcançar os da frente: duas Mercedes e uma Williams. Seu chefe na equipe tetracampeã mundial, Horner admitiu estar preocupado com o avanço da rival.

Faz sentido. Mantido o ritmo dos últimos três GPs, a Williams superará a Red Bull no Japão, 15ª das 20 etapas da temporada. E se Massa começar a evitar acidentes, isso pode acontecer ainda antes...

Há uma explicação óbvia para o crescimento da Williams: a troca dos motores Renault pelos Mercedes. Enquanto a fábrica francesa ainda sofre com suas unidades de potência, os alemães esbanjam potência e confiabilidade.

Mas num ambiente complexo como o da F-1, é errado apontar apenas um motivo para uma reação assim. É impossível evoluir com apenas uma decisão.

Tem a ver com a reestruturação da escuderia, uma travessia lenta e que explica os reveses dos últimos anos. Não foi fácil substituir Frank e Head.

Em 2014, enfim, a Williams conseguiu colocar as pessoas certas nos lugares certos: o multicampeão Symonds é o diretor técnico, o garoto-prodígio Smedley é o diretor de performance e a herdeira Claire Williams administra toda a estrutura.

Tem a ver com a mudança no regulamento. A história mostra que saltos de desempenho são mais comuns quando as regras são alteradas radicalmente. Não raro, uma equipe encontra algo que as outras não viram. Lembram da Brawn de 2009? Pois é...

Tem a ver com sangue novo no cockpit. Massa e Bottas puxam um ao outro. O veterano querendo se impor versus o novato em busca de espaço. Uma mescla perfeita.

E tem a ver com um fator fora do seu controle: a queda das adversárias. A Red Bull enfrenta problemas com a Renault. E a McLaren, que usará Honda em 2015, certamente não está recebendo da Mercedes a atenção de antes.

A Williams vai vencer alguma corrida neste ano? Este colunista aposta que sim.


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