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Lavada

Debaixo de chuva, etíope vence com facilidade São Silvestre que não teve brasileiros no pódio

Leticia Moreira/Folhapress/SAO PAULO, SP, BRASIL,
SAO PAULO, SP, BRASIL, 31-12-2011: Atletas da 87a. Corrida de Sao Silvestre, passam ao lado da praca Charles Miller. Apos a mudanca no percurso, pela primeira vez os atletas passam em frente ao estadio do Pacaembu. (Foto: Leticia Moreira/ Folhapress, ESPORTE) *** EXCLUSIVO FOLHA***
SAO PAULO, SP, BRASIL, 31-12-2011: Atletas da 87a. Corrida de Sao Silvestre, passam ao lado da praca Charles Miller. Apos a mudanca no percurso, pela primeira vez os atletas passam em frente ao estadio do Pacaembu. (Foto: Leticia Moreira/ Folhapress, ESPORTE) * EXCLUSIVO FOLHA*

ADRIANO WILKSON
LUCAS REIS
RAFAEL REIS
de são paulo

São Silvestre masculina

1º Tariku Bekele (ETI) 43min35s
2º Mark Korir (QUE) 43min58s
3º M. Kisorio (QUE) 44min12s

A nova São Silvestre começou chuvosa, muito rápida, e colocou fim a quase uma década de supremacia de brasileiros e quenianos.

Tariku Bekele, 24, da Etiópia, venceu a 87ª edição da corrida, com novo traçado, com o tempo de 43min35, exatos 29s mais rápido do que Marilson Gomes dos Santos.

O campeão de 2010, que perdeu a chance de se tornar o primeiro brasileiro tetracampeão, foi apenas oitavo.

Depois de nove anos, foi a primeira vez que o título não ficou com brasileiros ou quenianos. Em 2001, o vencedor foi o etíope Tesfaye Jifar.

O placar histórico continua o mesmo: o Brasil tem 11 vitórias na fase internacional, que começou em 1945. O Quênia lidera com 12.

A expectativa da organização da São Silvestre, que teve participação recorde, com 25 mil inscritos, era baixar o tempo do ano passado, quando Marilson completou o antigo trajeto em 44min04s.

Ontem, ele foi o segundo melhor brasileiro. Damião Ancelmo de Souza foi o mais bem colocado, em sétimo.

O novo traçado fez os corredores terminarem a prova em menos tempo mesmo com a chuva intensa, que começou por volta das 17h e teoricamente tornaria o trajeto mais pesado e difícil.

A água, porém, não foi problema para Bekele, irmão mais novo de Kenenisa Bekele, atual bicampeão olímpico nos 10.000 metros, e ouro

nos 5.000 em Pequim-2008.

Tariku, campeão mundial indoor em 2008, nos 3.000 metros, em Valência, fez uma corrida praticamente impecável, deixando para trás até mesmo os quenianos, favoritos ao título.

Com uma equipe reforçada por seus principais atletas, os africanos abriram boa vantagem antes da metade da corrida. Marilson, após 7km de prova, já caia para sétimo, distante mais de 100 metros do pelotão de frente formado pelos africanos.

Bekele, então, disparou sozinho e abriu margem com sobras. Deixou para trás, inclusive, Martin Lel, 33, três vezes vencedor da Maratona de Londres, bicampeão em Nova York, dono do décimo tempo do ano nos 42,195 km e principal favorito.

No fim, já com um temporal sobre São Paulo, Bekele reinou absoluto, sem ser ameaçado. Só não conseguiu, porém, ser mais rápido que Paul Tergat, recordista em 1995 (43min12s).

Uma preocupação que passou ilesa na estreia do novo percurso foi a rua Major Natanael, cuja curva fechada poderia causar incidentes -nada grave foi registrado.

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