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Magnano adota 'confessionário' para pacificar seleção brasileira
BASQUETE
Após rusga, técnico se encontrou com astros para garantir participação em Mundial
Às vésperas do início do Mundial masculino da Espanha, que começa neste sábado (30), a seleção brasileira vive clima de tranquilidade entre o técnico Rubén Magnano e jogadores, situação bem distinta do que ocorreu há pouco menos de um ano.
Na ocasião, o time, desfalcado dos principais astros, protagonizou um dos maiores fiascos de sua história ao perder os quatro jogos que disputou na Copa América.
O fracasso quase custou ao Brasil a participação no Mundial --foi convidado pela federação internacional-- e rendeu rusgas entre Magnano e jogadores da NBA que haviam pedido dispensa. Há um ano, o argentino esbravejou: "Sou responsável, mas também os jogadores que decidiram não estar aqui."
O treinador esteve com o cargo a perigo, mas permaneceu. Para contornar a situação, foi atrás de cada um dos jogadores para contemporizar. Estiveram fora da Copa América Anderson Varejão, Nenê, Tiago Splitter e Leandrinho.
"Vivemos uma situação muito particular na Copa América. Acho que ficou claro que, sem os jogadores mais importantes, é difícil enfrentar um jogo de Mundial ou de Olimpíada", afirmou o argentino. "Fui diretamente falar cara a cara com eles. Acho que tivemos um bom resultado com essas conversas."
Desde 2010, quando Magnano chegou à seleção, essa é apenas a segunda vez que ele consegue reunir os melhores jogadores em um torneio. A outra vez foi em 2012, quando conduziu o Brasil ao quinto lugar nos Jogos de Londres.
Magnano se recusou a comentar o teor das conversas, guardado como "segredo de confessionário."
"Se você fizer uma confissão a um padre e depois alguém perguntar a ele o que foi confessado, ele não vai dizer. São conversas privadas que tive com cada jogador. O que posso dizer é que falei da importância que a seleção deve ter em suas vidas."
Com as desavenças resolvidas, a seleção agora se gaba de disputar ao Mundial com uma equipe competitiva. Splitter, por exemplo, chega ao campeonato em alta depois de conquistar o título da NBA pelo San Antonio Spurs.
Além disso, a equipe brasileira teve tranquilidade para fazer uma extensa preparação para Mundial. A concentração durou cerca de 40 dias, incluindo muitos treinamentos e amistosos.
O Brasil compõe o grupo A, ao lado de Espanha, França, Egito, Irã e Sérvia. O primeiro adversário será a França, no sábado (30), às 13h.