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Após atos racistas, STJD adia 2º jogo entre Santos e Grêmio

COPA DO BRASIL
Partida só acontecerá após julgamento da equipe gaúcha

ALEX SABINO DE SÃO PAULO

O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) adiou a partida entre Santos e Grêmio, marcada para a próxima quarta (3), na Vila Belmiro.

A decisão foi tomada nesta sexta (29), um dia depois do primeiro jogo das oitavas da Copa do Brasil, em que o goleiro Aranha, do Santos, afirmou ter sido chamado de "preto fedido" e "macaco", entre outras ofensas.

O segundo confronto, que decidirá vaga para as quartas, vai acontecer só quando ficar resolvido se haverá punição ao clube gaúcho.

"Precisamos decidir antes de o jogo acontecer", disse o presidente do STJD, Caio César Rocha Vieira. Caso a decisão sobre a eventual punição ao Grêmio deixasse pra ser tomada após o segundo jogo, a determinação talvez resultasse em vão no que diz respeito ao andamento da competição --o time já poderia estar eliminado.

O pedido de adiamento da partida foi feito por Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD. "Estamos correndo contra o tempo para fazer a denúncia", disse ele à Folha, horas antes de apresentá-la.

O Grêmio será acusado de "ato discriminatório relacionado a preconceito em razão de raça". Pode ser excluído da Copa do Brasil.

"No caso, o CBJD [Código Brasileiro de Justiça Desportiva] prevê multa de R$ 100 mil e perda de três pontos na competição", explica ele. Como o Grêmio perdeu a primeira partida, seria eliminado.

Em Porto Alegre, o Santos venceu por 2 a 0. Na Vila Belmiro, o Grêmio tem de inverter essa desvantagem.

Se o julgamento acontecesse após o segundo jogo, que levasse à classificação do Santos, o tribunal poderia apenas aplicar uma multa ao time de Porto Alegre.

Segundo o presidente do STJD, todo o processo, incluindo possíveis recursos, pode levar "mais de 20 dias".

O Santos defende que o rival não seja responsabilizado e que a culpa seja atribuída apenas aos torcedores.

"Tenho certeza que a diretoria do Grêmio está tão indignada quanto a nossa", disse o presidente do clube paulista, Odílio Rodrigues.

ABATIMENTO

No vestiário da arena gremista, após o jogo, Aranha estava abatido.

"Não é a primeira vez que passo por isso, mas queria que fosse a última", disse aos companheiros.

O técnico Oswaldo de Oliveira revelou preocupação com o goleiro do seu time. Perguntou se ele queria ficar fora da partida deste domingo (31), contra o Botafogo. O goleiro disse que estava bem.


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