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Análise

Ninguém fracassa ou tem sucesso depois de 13 partidas

PAULO VINÍCIUS COELHO COLUNISTA DA FOLHA

Em 13 jogos, quatro vitórias, um empate e oito derrotas. O retrospecto de Ricardo Gareca no Palmeiras dá licença para a demissão.

É só comparar com... Josep Guardiola. Nas primeiras 13 partidas pelo Bayern, 11 vitórias e dois empates.

É claro que não há nível de comparação. Nem entre os dois treinadores nem entre as duas estruturas de trabalho.

Não é justo dizer que Gareca fracassou. A não ser que se diga o mesmo de Muricy, Felipão, Kleina... Todos fracassaram porque o Palmeiras tem sido um fracasso!

A missão de Gareca era evitar que esse fiasco prosseguisse. Não conseguiu.

Com ele, pode sucumbir a ideia de que é preciso trazer técnicos estrangeiros. Foram 13 jogos e Gareca fracassou!

No Corinthians de 2005, Passarella passou 15 partidas, e Jorge Fossatti ficou 33 no Inter em 2010.

Ninguém fracassa ou tem sucesso depois de 13 partidas apenas!

Paulo Nobre ouviu em maio a ponderação de que o novo técnico deveria ser estrangeiro. Foi contra, mas aceitou ao ser lembrado de que haveria tempo de adaptação por causa da Copa.

O ideal seria Jorge Sampaoli. Era técnico da seleção chilena, mas quem garantiria que não sairia do cargo depois da Copa? Só uma consulta descartaria o mais moderno treinador da América do Sul. Gareca era um estrangeiro mais convencional.

Mas seria uma novidade.

No futebol brasileiro, sem tempo, o inventor da roda rodaria. Faça um projeto e o desenvolva com início, meio e fim. Nesse caso, Marcelo Oliveira poderá ser bicampeão brasileiro com o Cruzeiro.

Dorival Júnior é o favorito para a nova empreitada. Ele está em baixa e o clube também. Pode dar certo!

No ano passado, assumiu o Fluminense com cinco jogos pela frente e a missão de alcançar 46 pontos no Brasileiro. Alcançou-os e o Flu foi rebaixado mesmo assim, com uma quantidade de pontos que sempre havia salvado.

É ele ou os técnicos brasileiros que estão atrasados? É a mania de contratar e demitir sem saber por quê.

O atraso não é dos técnicos. É da forma de pensar.


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