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Felipão diz que Aranha fez armação no caso de racismo

BRASILEIRO
Goleiro volta amanhã à Arena do Grêmio, palco das injúrias

FELIPE BÄCHTOLD DE PORTO ALEGRE

O treinador do Grêmio, Luiz Felipe Scolari, disse nesta terça (16) que o goleiro Aranha, do Santos, provocou uma "esparrela", no sentido de armação, ao reclamar de ofensas racistas em jogo pela Copa do Brasil, em Porto Alegre, há três semanas.

A declaração, informal, ocorreu em um treino da equipe no estádio Olímpico.

Antes da atividade com os jogadores, segundo o jornal "Zero Hora", Felipão se dirigiu a um assessor de imprensa e disse: "Vê se eles [jornalistas] vão cair na esparrela do Aranha de novo. Fala com eles, diz para eles."

Procurada, a assessoria do clube não quis se manifestar.

As duas equipes voltam a duelar na Arena do Grêmio, quinta (18), pelo Brasileiro.

Preocupada com o clima do reencontro do goleiro com a torcida gremista, o clube contratou cinegrafistas para filmar os torcedores e vai espalhar dirigentes como "olheiros" pelo estádio.

Na partida pela Copa do Brasil, torcedores xingaram Aranha de "macaco". Por causa das ofensas, o Grêmio foi excluído da competição.

Além dessas medidas, o clube também anunciou, nesta terça (16), que vai alterar a forma de venda dos ingressos da arquibancada popular onde se posicionam torcidas organizadas. Foi desse ponto do estádio que partiram os xingamentos a Aranha.

Os ingressos para esse setor --denominado arquibancada norte-- serão vendidos individualmente apenas pela internet e com a identificação do RG do comprador.

No jogo pela Copa do Brasil, a auxiliar de odontologia Patrícia Moreira, 23, foi filmada pelas câmeras da ESPN Brasil gritando "macaco" para o jogador do Santos.

BIG BROTHER

A direção do Grêmio informou ainda que os cinegrafistas contratados vão registrar com 20 câmeras o comportamento dos torcedores das arquibancadas populares.

No julgamento que definiu a exclusão do time da Copa do Brasil, ao qual ainda cabe recurso, a defesa do Grêmio argumentou que não houve omissão e que o clube contribuiu para esclarecer os fatos.

"Entendemos que a obrigação do clube é identificar a pessoa e entregá-la para as autoridades para que seja processada", diz o vice-presidente Nestor Hein.

Uma das preocupações da diretoria é com cântico em que torcedores do Inter são chamados de "macacada".

O Grêmio diz que participa de campanhas educativas do Ministério Público. Jogadores já entraram em campo com uma faixa que dizia: "Somos azuis, pretos e brancos".


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