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Atletas tentam se adaptar à nova natação

DE SÃO PAULO

Quando Janet Evans parou de nadar, as atletas competiam de maiô e baldes amarrados ao corpo eram ferramentas de treinamento.

Voltar à piscina, para a veterana de 40 anos, é desafio ao corpo e também um aprendizado. Desde que ela parou, a natação foi revolucionada.

"Há 15 anos, a gente nadava de camiseta e usava balde amarrado ao corpo para criar resistência à água. Eram coisas da idade da pedra", diz Marcelo Tomazini, nadador máster e técnico do juvenil do Pinheiros, em São Paulo.

"Mas, graças a essas loucuras, que foram estudadas, conseguimos desenvolver equipamentos e técnicas."

A maneira de executar os treinos também evoluiu. Quando Evans ou Ian Thorpe -que parou em 2006-, por exemplo, estavam no auge, havia investimento maior na quantidade de metros percorridos na piscina. Hoje, os técnicos privilegiam qualidade.

"Hoje, achamos impensáveis coisas que eram feitas no passado. Antes, nadava-se de 15 mil a 20 mil km por dia. Hoje, de 6 mil a 10 mil. Em uma semana, dá uns 30 mil a menos", afirma Tomazini.

Evans voltou a treinar com o antigo técnico, Mark Schubert. Thorpe mudou o seu.

"Mesmo sem conhecer a fundo o programa de antigamente do Schubert ou do Touretski [novo técnico de Thorpe], creio que eles devam estar trabalhando muito próximos do que faziam há dez ou 20 anos atrás", afirma Albertinho, técnico de Cielo.

"Pode ter havido avanço na alimentação e na preparação física. Para Evans, os maiores desafios são a idade e apostar que o programa que foi bom 20 anos atrás ainda surtirá o mesmo efeito", diz.

Os trajes também desafiam as duas estrelas. Evans agora competirá de macaquinho, e Thorpe, que já usou traje que cobria braços e pernas, nadará só de bermuda. (ML)

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