CBF defende juiz questionado por corintianos
BRASILEIRO Chefe da arbitragem da entidade nega que juiz tenha recebido interferência externa
Sérgio Corrêa, presidente da comissão de arbitragem da CBF, garante não ter havido influência externa nas marcações do árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima no empate em 2 a 2 entre Corinthians e Coritiba, neste sábado (1), no Itaquerão.
Mano Menezes e os jogadores do time alvinegro questionaram o comportamento do juiz, que pareceu indeciso e, em vários lances, esperava alguns instantes para confirmar o que havia apitado.
"Os lances foram demorados. Não tenho certeza se houve interferência ou não. A gente precisa deixar isso claro para o torcedor porque vai ficar estranho e ninguém vai entender nada", contestou Mano após a partida.
Em duas ocasiões, o juiz voltou atrás em anotações. No primeiro tempo, marcou pênalti em Luciano, do Corinthians. Segundos depois, desmarcou. Na etapa final, deu falta de Cássio, que teria tocado com a mão fora da área. Mas mudou de ideia.
"Não houve interferência externa. É proibido e não tem como ser feito. Os rádios de comunicação dos árbitros são criptografados [não é possível entrar na mesma frequência]", disse Corrêa à Folha.
O chefe da arbitragem falou com o delegado da partida, Nilson Monção, para saber o que havia acontecido.
Foi informado que as decisões foram revertidas após consultas aos auxiliares. No caso do pênalti, Lima falou com o juiz que estava atrás do gol. Na falta de Cássio, a influência foi do bandeira.
"O árbitro agiu muito bem. Comunicou-se com os demais integrantes da arbitragem e mudou as decisões para acertar", completou Corrêa.
Com o empate do Corinthians e as vitórias do Fluminense e do Grêmio no sábado (dia 1º), o time de Mano caiu para o 7º lugar.