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Elite do apito ganha quase 40% a mais
ARBITRAGEM NELSON BARROS NETO DE SÃO PAULO A arbitragem brasileira entrou em xeque após o ex-juiz Gutemberg de Paula Fonseca acusar de corrupção Sérgio Corrêa, chefe da comissão de árbitros da CBF, que nega. A polêmica gerou discussão sobre os critérios de escolha dos dez juízes do país com direito de ostentar no peito o escudo Fifa, com remuneração quase 40% maior que os mais graduados da CBF. Na Série A de 2011, um árbitro com o escudo internacional recebeu R$ 3.150 por partida. Já um CBF e aspirante à Fifa ganhou R$ 2.300. Após ser retirado do quadro da Fifa, Fonseca declarou que Corrêa tentou induzi-lo a favorecer o Corinthians. O cartola afirmou que vai processar o ex-subordinado. Além de ganhar mais, juízes Fifa podem apitar jogos fora do país e até tentar chegar a uma Copa do Mundo. "É a seleção brasileira dos árbitros", afirma o ex-juiz e comentarista Leonardo Gaciba, que pertenceu aos quadros da Fifa de 2005 a 2009. "Eu tive chance de apitar doze finais de Estaduais. Você conhece o mundo todo, fica muito mais respeitado." Para ser Fifa, os juízes passam por exames físicos, prova teórica e prática. Mas o principal critério de escolha é mesmo a indicação da CBF. Sálvio Spínola, 42, diz que não consegue explicar sua recente saída do quadro. "Falaram que eu não tenho mais idade para a Copa-14 e minha vaga seria ocupada por um jovem", disse. Um árbitro Fifa pode apitar até os 45 anos. Fonseca também diz que perdeu o escudo por causa da CBF. Para seus colegas, o fato de as denúncias só terem aparecido após sua saída enfraquece as acusações. "Por que não falou antes? Cair atirando não é uma situação legal", disse o juiz Fifa Evandro Rogério Roman. A CBF também escolhe quem está apto ao sorteio que define os juízes de cada jogo do Nacional e exclui alguns a seu critério. Diz levar em conta atuações anteriores e o Estado do árbitro e dos times. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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