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'Rapaz, parece até que morri', brinca ex-goleiro

DE SÃO PAULO

Em sua entrevista de despedida, Marcos foi bem-humorado durante quase todo o tempo. Só se emocionou quando perguntaram sobre seu pai. E mesmo assim ele brincou.

"'Peraí', vou responder. Tenho certeza de que ele está muito feliz", disse, com os olhos marejados. "Traz um café para mim! Pode mandar ver [perguntar], não vou chorar, não!"

Ele admitiu que ficou nervoso e, por isso, sua pressão chegou a cair. "Vocês me conhecem, sabem que eu não estou muito à vontade aqui", foi a primeira coisa que disse, olhando para os mais de 150 jornalistas presentes.

Agradeceu as homenagens, contou que as dores já eram insuportáveis e brincou com a repercussão de sua aposentadoria.

"Eu ouvia os caras dizendo que vou fazer muita falta, mas eu estou vivo ainda", disse. "Jogador morre duas vezes. Você chega em casa, vê sua mala, sua roupa. Pensei: 'Rapaz, morri mesmo!'. Na verdade, o Marcos, goleiro do Palmeiras, morreu mesmo", disse o ex-jogador.

Também brincou com a homenagem dos torcedores, que farão uma procissão por ele. "Esses caras são loucos. Pergunta para minha mulher se eu tenho que ser canonizado para você ver. Fico orgulhoso, mas fico com vergonha. Vocês fazem mais coisa para mim do que eu mereço."

E contou o quanto foi duro parar. "No dia em que decidi, fiquei muito mal. Saí de carro e pensei: 'Caramba, parei!'. Deu vontade de voltar e falar que era mentira, que precisava pensar mais um pouco."

"Só tenho a agradecer por todos esses anos. Agora quero descansar." (LR)

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