Antes ameaçado, dirigente da CBF sai fortalecido

Se o ex-árbitro Gutemberg de Paula Fonseca pretendia derrubar Sérgio Corrêa com as acusações de corrupção, por enquanto ele só conseguiu o oposto.

O chefe da arbitragem da CBF, ao menos por enquanto, só ganhou força com o episódio todo.

Por um motivo simples: se o presidente Ricardo Teixeira tinha qualquer intenção de substituir Corrêa, não o fará neste momento, nem enquanto o caso não for totalmente esclarecido, para não dar credibilidade às acusações do ex-árbitro carioca.

Sérgio Corrêa assumiu a comissão de arbitragem da CBF em 2007. Ao contrário de seus antecessores, não passou por crises tão graves quanto a Máfia do Apito ou o caso Ivens Mendes.

Mas nem por isso estava imune a críticas, tanto por causa dos erros de árbitros renomados escalados por ele, quanto de alguns juízes, insatisfeitos com suas decisões na comissão.

Na esteira das mudanças anunciadas pela CBF no final de 2011 (Ronaldo no COL, novo calendário, novo formato da Copa do Brasil), uma troca no comando da arbitragem estava prevista -embora não fosse dada como certa. Gutemberg Fonseca interrompeu o movimento.