Sintonia fina

Nadal muda sua raquete em busca de nova arma e enfrenta velhos conhecidos no Aberto da Austrália

Quando perdeu de Novak Djokovic na última final do Aberto dos EUA, a sexta derrota em seis decisões em 2011, Rafael Nadal sabia que precisaria mudar algo se quisesse voltar ao topo do ranking.

Foi quando o espanhol começou a cogitar mexer em sua raquete. A mudança acabou implementada nesta temporada, e Nadal já atuou em Doha com a sua "nova" Babolat Aeropro Drive GT.

O jogador não especificou a alteração que promoveu, se adicionou alguns gramas ou se apenas alterou o equilíbrio do seu equipamento.

A questão é que, no alto nível de um esporte de precisão como o tênis, a sintonia fina faz uma enorme diferença.

"Estou tentando conseguir um pouco mais de potência", afirmou Nadal em Doha. "Estou perdendo um pouco o controle e às vezes não sinto o forehand tão bem como antes. Mas é algo que acredito que será benéfico no futuro."

Para o especialista em raquetes Jairo Garbi, as dificuldades encontradas já eram esperadas. "Você nunca vai encontrar velocidade e controle na mesma raquete."

Garbi, que trabalhou por dez anos em uma fábrica do equipamento na Zona Franca de Manaus e, há 22 anos, mantém uma loja que é referência entre os principais tenistas do país, explica que é necessário escolher o que o tenista quer priorizar.

"A raquete do Nadal é uma grande geradora de spin [efeito], enquanto a do [Roger] Federer proporciona grande controle", afirma Garbi.

Para Cesar Kist, diretor de desenvolvimento da Confederação Brasileira de Tênis e integrante da Comissão de Treinadores da Federação Internacional, a característica de uma raquete é definida por uma série de fatores. "É difícil falar das raquetes dos tops porque elas são muito personalizadas", afirmou.

Com o Aberto da Austrália, que começa hoje, Nadal mostrará se está adaptado à nova raquete e encara a Head Toutek Speed MP de Djokovic e a Wilson Six.One Tour BLX de Federer, entre outras.

NA TV

Aberto da Austrália

23h ESPN e ESPN HD