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Dinheiro contado Quatro dos principais clubes do país penam para fechar patrocínios máster de camisa para 2012, e perda pode chegar a R$ 115 milhões BERNARDO ITRIDO PAINEL FC MARTÍN FERNANDEZ DE SÃO PAULO Conseguir uma empresa que aceite pagar o valor pedido pelos clubes para estampar sua marca na camisa se tornou uma tarefa árdua. Quatro dos principais times do Brasil passam por dificuldades para achar um investidor. Flamengo, Palmeiras e São Paulo começarão a disputar os campeonatos neste início do ano sem contrato de patrocínio firmado. O Corinthians tem acordo com a Hypermarcas que terminará após o Paulista e teme não conseguir anunciante para o restante do ano. A renda de patrocínio esperada pelos clubes juntos é de cerca de R$ 115 milhões no ano. Mas cada equipe tem peculiaridades que atravancam a chegada de investidores. O Palmeiras poderá estrear no Estadual neste fim de semana usando a marca de sua ex-patrocinadora, a Fiat. O clube tenta fazer um acordo com a montadora até o término do Paulista, a pedido da Adidas, sua fornecedora de material, que ainda possui muitas camisas estampando "Fiat" nas lojas. A marca quer vender os uniformes para não perder investimento, e o clube aceitou retomar as negociações com a empresa, que havia rechaçado permanecer no time. "Estamos conversando para fechar logo por um pouco mais de R$ 3 milhões", diz o presidente Arnaldo Tirone. Esse imbróglio, porém, impede que o Palmeiras encontre um novo anunciante. O clube quer receber pelo patrocínio máster da camisa cerca de R$ 20 milhões por temporada -a Fiat pagou R$ 26 milhões por um ano e meio. O valor do patrocínio também é empecilho para o Flamengo. O clube passou quase 2011 inteiro sem patrocinador porque não encontrava quem aceitasse pagar sua pedida (R$ 30 milhões) e se vê na mesma situação agora. Em 2011, só obteve patrocínio por meio da agência de Ronaldo, a 9ine. A Procter & Gamble pagou € 5,625 milhões por quatro meses. A Traffic, parceira do clube no caso Ronaldinho e que tem direito a percentual sobre o patrocínio de camisa, não gostou da participação do ex-jogador no negócio e agora tenta arrumar um novo anunciante para o clube. O São Paulo, após perder o patrocínio do BMG, que pagava R$ 25 milhões por ano, não tem esperança de conseguir um parceiro tão cedo. "Estamos conversando com algumas empresas, mas acho que vai ficar para depois do Paulista", afirma Julio Casares, vice-presidente de marketing do São Paulo. O clube do Morumbi pretende fechar patrocínios pontuais durante esse período. O fim do Paulista também é a data em que o Corinthians irá correr atrás de um novo parceiro. O contrato com a Hypermarcas, de R$ 40 milhões por ano, termina após o Estadual. O clube já recebeu a sinalização de que a empresa não deverá renovar seu contrato de patrocínio. Desde o fim de 2011, o departamento de marketing do clube busca substituto para ocupar os lugares da Hypermarcas no uniforme do time. Até agora não conseguiu. Uma das possibilidades estudadas pelo Corinthians é negociar o patrocínio nos uniformes junto com os naming rights do Itaquerão. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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