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Williams volta a ter um Senna

F-1
Quase 18 anos após morte de tio, Bruno fecha com equipe inglesa

MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO

A escuderia que ficou marcada no imaginário brasileiro pelo acidente fatal que vitimou o maior ídolo do país na F-1 voltou a contar com um piloto de sobrenome Senna.

Ontem, a Williams anunciou Bruno, 28, como seu novo piloto. Há quase 18 anos, seu famoso tio Ayrton se chocava contra o muro a mais de 250 km/h a bordo de um carro da escuderia inglesa. Era apenas a terceira corrida que disputava em sua temporada de estreia pela equipe.

Bruno disse que o fato de ter se associado justamente à equipe que seu tio defendia quando morreu não trouxe incômodos a sua família. Segundo ele, tanto a sua mãe -Viviane, que comanda o Instituto Ayrton Senna- quanto seus avós estão "contentes" com seu novo contrato, que tem duração de um ano.

"Não há ressentimento, más memórias. A gente sabe que as coisas acontecem por algum motivo. Está todo mundo contente na minha família", disse Bruno.

"Será muito interessante correr pela equipe que meu tio pilotou. Aqui ainda há algumas pessoas que trabalharam com o Ayrton, e estou feliz que eles estejam agora me dando a chance de mostrar meu valor. Espero que possamos trazer de volta algumas boas recordações e criar outras novas", declarou.

Diferentemente de seu tio, que chegou à Williams como tricampeão mundial, Bruno tem muito a provar. Em duas temporadas na F-1, tem como melhor resultado um nono lugar no GP da Itália, em 2011, pela Renault, atual Lotus.

"As duas temporadas de Bruno na F-1 não deram a ele uma oportunidade ideal para apresentar consistência", afirmou Frank Williams, chefe da equipe, que trabalhou com Ayrton há 18 anos.

"Nós o avaliamos na pista e no simulador, e ele provou ser veloz, tecnicamente perspicaz e, sobretudo, capaz de aprender e aplicar seus conhecimentos de forma rápida e consistente. Agora estamos ansiosos para ver seu talento em nosso carro."

Bruno admitiu que sua ida para a Williams foi facilitada por seus patrocinadores, Embratel e OGX, de Eike Batista.

Segundo a imprensa europeia, o piloto estaria levando cerca de R$ 17,8 milhões para a equipe inglesa.

Ele será companheiro do venezuelano Pastor Maldonado, que corre na Williams graças a patrocínio oficial do governo de seu país.

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