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Laboratório brasileiro sofre sanção

DOPING Ladetec não poderá mais fazer teste que avalia testosterona

MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO
MARIANA LAJOLO
EDITORA-ASSISTENTE DE ESPORTE

Único laboratório do Brasil apto a fazer testes antidoping na Copa de 2014 e na Olimpíada do Rio-2016, o Ladetec sofreu sanção da Agência Mundial Antidoping.

Por seis meses, não poderá mais fazer testes IRMS, método avançado usado, por exemplo, para detectar alguns tipos de substância, como esteroides anabólicos, e avaliar se a testosterona encontrada na urina é sintética ou produzida no organismo.

O laboratório está apto a fazer outros exames. A Universidade Federal do Rio de Janeiro, à qual o Ladetec é ligado, tem 21 dias para apelar.

Durante a suspensão, amostras que necessitem de IRMS deverão ser enviadas a outro laboratório. A Wada diz, por meio de nota oficial, que reavaliará o laboratório.

A entidade não explica se sua decisão está ligada ao erro no caso do jogador de vôlei de praia Pedro Solberg, que testou positivo para um esteroide anabólico (que aumenta massa muscular) em análise feita pelo Ladetec.

O atleta foi suspenso, mas a Federação Internacional de Vôlei reavaliou o caso após receber e-mail de Eduardo de Rose, chefe do antidoping do Comitê Olímpico Brasileiro, que questionava o resultado.

Ele pedia que fossem consultados outros especialistas em IRMS para avaliar o teste.

Nova análise feita pelo laboratório de Colônia (ALE) deu resultado negativo.

Mesmo após o caso, o Ladetec foi aprovado na quinta avaliação feita pela Wada em 2011, em dezembro. "Essa verificação é importante para a renovação da creditação para o próximo ano", disse à época Francisco Radler, diretor do Ladetec. Ele não atendeu ontem as ligações feitas pela reportagem.

De Rose disse que a sanção ao laboratório "não chega a ser um problema", por ele estar credenciado para "fazer exame antidoping normal".

"É importante entender que nem todos os laboratórios dominam todas as técnicas. Isso é algo normal que acontece com os laboratórios. Não seria se fosse descredenciado totalmente", afirmou.

De Rose disse que "pode-se entender" que a suspensão está ligada ao caso Solberg. "Isso não sei dizer, penso que pode ter sido. Na nota da Wada, não consta nada. Pode-se entender que seja."

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