Ministério diz apoiar laboratório

O Ministério do Esporte considera que a sanção dada pela Wada (Agência Mundial Antidoping) não altera o status do Ladetec. A pasta repassou R$ 5,3 milhões para melhorias do local em 2011.

O único laboratório do Brasil apto a realizar os testes antidoping da Copa-2014 e da Olimpíada-2016 não poderá fazer, por seis meses, o exame IRMS. O teste analisa substâncias como esteroides anabólicos e testosterona.

Para pessoas ligadas ao laboratório, apesar de ter a imagem arranhada, o Ladetec saiu fortalecido, pois continua credenciado à Wada.

Ele só precisará fazer ajustes no sistema de IRMS -adotará o método usado em Colônia, na Alemanha. O laboratório brasileiro já tem parceria com os alemães.

"O Ladetec passou, no último mês de novembro, por inspeção da Wada e foi aprovado, portanto continua credenciado", afirma o ministério, via assessoria, por e-mail.

A verba repassada para a Universidade Federal do Rio de Janeiro, que mantém o laboratório, será usada para a compra de equipamentos e a importação de substâncias. Também bancará elaboração do projeto executivo do novo prédio e estudo de competitividade no mercado global.

"O Ministério do Esporte está fazendo todos os esforços, em parceria com a UFRJ, para ampliar as condições de funcionamento, não só para os Jogos, mas pela importância do tema", diz a pasta.

O Ladetec teve suspensa a licença para fazer o mesmo teste que levantou polêmica no caso de doping de Pedro Solberg, no ano passado.

O jogador de vôlei de praia testou positivo para esteroide anabólico e foi suspenso.

Mas a Federação Internacional de Vôlei reavaliou o caso após receber e-mail de Eduardo de Rose, que comanda o antidoping do Comitê Olímpico Brasileiro. Ele questionava o IRMS do Ladetec.

Outra amostra de urina do jogador foi mandada para Colônia e testou negativo.

Procurado pela reportagem, Francisco Radler, diretor do laboratório fluminense, não quis comentar o caso.

O comitê organizador da Rio-2016 disse, via assessoria de imprensa, que a melhoria do Ladetec foi compromisso assumido pelo governo federal na candidatura olímpica.

A entidade afirma que confia no compromisso e "continuará trabalhando em colaboração com os entes responsáveis no que for necessário para a condução do projeto".