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Arbitragem vira alvo na Austrália
TÊNIS
A entrevista raivosa do argentino David Nalbandian após a derrota para o americano John Isner foi a parte midiática da insatisfação dos tenistas com a arbitragem no Aberto da Austrália. Mas pequenos erros dos árbitros espalhados pelos jogos do primeiro Grand Slam da temporada têm deixados os tenistas bastante irritados. Pela segunda rodada, o juiz de linha conseguiu aborrecer os dois atletas no duelo entre o cipriota Marcos Baghdatis e o suíço Stanislas Wawrinka. Em alguns momentos da partida, mesmo sem a revisão eletrônica do lance, o juiz principal atendia às queixas e solicitava que o ponto fosse disputado novamente. E o problema não está relacionado apenas à velocidade do jogo. Ontem, numa bola lenta e junto à rede de Yen-hsun Lu contra o argentino Juan Martin del Potro, o árbitro nada marcou, mesmo com a bola saindo visivelmente quase a um palmo da linha. Para não sofrer como o conterrâneo Nalbandian, Del Potro imediatamente pediu o desafio e ganhou o ponto. Mesmo em jogos da chave feminina, mais lentos, os erros se acumulam. A bielorrussa Victoria Azarenka também teve ataque de fúria contra um juiz de linha na vitória sobre a alemã Mona Barthel. Além de reclamar da arbitragem, Nalbandian jogou água no estafe do torneio australiano e levou multa de US$ 8.000 (cerca de R$ 14 mil) por atitude antidesportiva. O erro da arbitragem que causou a celeuma foi no 8 a 8 do quinto set contra Isner. O americano, de 2,06 m e que tem o saque como principal arma, tinha o serviço e um break point contra. John Isner sacou para fora. O árbitro de cadeira, Kader Nouni, porém, apontou a bola boa. Com o barulho da torcida, Nalbandian parecia não entender o que aconteceu. Ao ser informado pelo árbitro, ele solicitou o replay. Nouni negou o pedido, alegando que o argentino tinha demorado muito para pedir. A TV mostrou que o saque havia ido mesmo para fora. "É ridículo jogar esse tipo de torneio com esse tipo de árbitros", disse Nalbandian.
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