Hora da verdade
Em sua pior crise desde 2013, São Paulo joga pela permanência de Muricy e para se aproximar de vaga na Libertadores
O argentino San Lorenzo, atual campeão da Libertadores, venceu só um jogo na atual edição e estaria fora das oitavas de final se o torneio terminasse agora.
Ainda assim, o time jogará sob pressão menor do que o São Paulo, que ocupa posição melhor no Grupo 2, na partida desta quarta (1º), às 19h45, em Buenos Aires.
Pode parecer brincadeira do Dia da Mentira. Não é. O São Paulo enfrenta a sua pior crise desde que lutou contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2013.
Após investir nos reforços pedidos pelo técnico, a diretoria está insatisfeita com o trabalho de Muricy Ramalho. Ao jejum em clássicos (foram três derrotas e um empate neste ano), soma-se a falta de desempenhos convincentes mesmo contra times pequenos. Essa combinação pesa cada vez mais sobre os ombros do treinador, cuja permanência depende da ida às oitavas de final.
Hoje, o grupo é liderado pelo Corinthians, com nove pontos. O São Paulo é o segundo colocado com seis pontos, três a mais que o San Lorenzo. Só os dois primeiros seguem adiante.
A meta é voltar ao Brasil sem derrota. Vitória ou empate deixarão o time em posição confortável no torneio. Já um revés pode levar o São Paulo ao terceiro lugar do grupo, a depender do número de gols tomados.
Depois do San Lorenzo, o time enfrenta o Danubio (URU), em Montevidéu, dia 15, e o Corinthians, no Morumbi, dia 22.
A equipe são-paulina chegou a Buenos Aires por volta das 14h de terça (31) e admitiu estar sentido a pressão.
Apesar da greve de transportes no país, o São Paulo não teve problemas na programação. Treinou no estádio do rival durante a tarde.
Muricy promoverá alterações, com o meia Boschilia na vaga de Ganso. O atacante Alan Kardec, que viajaria no fim da tarde por causa do nascimento da filha na terça (31), deve substituir Luis Fabiano, que está machucado.
CALDEIRÃO
Pela primeira vez nesta Libertadores, o San Lorenzo terá a presença de torcedores no Nuevo Gasómetro. Contra o Corinthians, em 4 de março, jogou sem torcida cumprindo punição da Conmebol.
A expectativa era grande. "O São Paulo não está funcionando", diz Pablo Gelbardt, 62, que levará três dos cinco filhos ao jogo. (MARIANA CARNEIRO E RAFAEL VALENTE)