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Fim da fila Sucesso da base não é suficiente para Corinthians e Fluminense, finalistas da Copa São Paulo, aproveitarem atletas da casa no time profissional LEONARDO LOURENÇODE SÃO PAULO Corinthians e Fluminense, os dois maiores campeões da Copa São Paulo, disputam hoje, às 10h, a final da atual edição do mais importante torneio de juniores do país. Mas, baseado no histórico recente dos clubes, é bom o torcedor não criar esperanças de ver os destaques da base reforçando os profissionais. Com exceções, a regra tanto no Corinthians como no Fluminense tem sido a de torrar dinheiro com contratações e ignorar os talentos lapidados no próprio quintal. Algo que é mais explícito no clube paulista, que venceu o torneio três vezes desde 2004 -ao todo, tem sete taças da Copa São Paulo. Poucos foram os jogadores dessas campanhas que tiveram uma carreira consolidada na equipe principal. O goleiro Júlio César, campeão em 2004 (quando teve Rosinei e Jô como companheiros) e 2005 e atual titular do Corinthians, talvez seja o melhor exemplo. Ele, porém, só se firmou na meta alvinegra no meio de 2010. Andres Sanchez, presidente licenciado do clube, admitiu que uma de suas falhas foi desprezar a base corintiana. Apesar disso, sua gestão viu a equipe de 2009 conquistar a Copa São Paulo. Dali, porém, nenhum jogador foi bem aproveitado no time de cima. No ano seguinte, o Corinthians gastou R$ 36 milhões, segundo balanço, em contratações -quase um terço disto na compra do meia argentino Defederico, hoje emprestado ao Independiente. O Fluminense, com cinco títulos, segue trilha parecida. Com o aporte de sua patrocinadora, é um dos maiores compradores do Brasil, mesmo com a elogiada estrutura para a base no CT de Xerém. Algumas das maiores promessas do clube foram negociadas antes de estrearem no profissional, como aconteceu com os gêmeos Fábio e Rafael, vendidos ao Manchester United, e o meia Wellington Silva, que hoje é do Arsenal. "A Copinha tem dois problemas que precisam ser ajustados", disse o gerente de futebol do Corinthians, Edu Gaspar. "Quando a idade máxima baixou para 18 anos, os atletas começaram a ter problemas de adaptação no profissional", citou o ex-volante, autor do gol do título corintiano no torneio de 1999, num time que revelou também o lateral Kleber e os atacantes Gil e Ewerthon. "O fato de ela ser em janeiro dificulta o planejamento. O grupo já está praticamente montado para 2012. Por mais que alguém se destaque [na Copa São Paulo], vai encontrar um grupo pronto." Ele, entretanto, diz que não vai virar as costas para os jogadores da base. "Vamos pegar um por um e planejar melhor a carreira deles. Forçar a vinda para o profissional pode prejudicar o garoto."
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