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Darren Hauck/Reuters

Kobe Bryant, do LA Lakers, erra enterrada na derrota para o Milwaukee, anteontem

A longa duração do locaute (greve dos patrões) e o início tardio da temporada 2011/2012 da NBA provocaram uma sensível queda de rendimento de atletas e equipes da liga americana.

Apenas três times têm média igual ou superior a 100 pontos por apresentação: Denver Nuggets (105,8), Miami Heat (104,2) e Oklahoma City Thunder (100,4).

Na edição anterior do campeonato, eram 11 equipes a superar esta marca.

Um dos motivos para a queda é o calendário apertado. As equipes só vão jogar 66 jogos na temporada regular em vez dos tradicionais 82 por causa da paralisação. Só que num tempo bem menor.

Por isso, resta pouco tempo para descanso e treinamentos entre as partidas.

Às vezes, os atletas são submetidos a jogos por três dias seguidos, com uma viagem entre um e outro.

Algumas estrelas da liga se contundiram quando já foram transcorridos quase um terço do calendário, como Dwyane Wade, do Miami Heat, Dirk Nowitzki, do Dallas Mavericks, Manu Ginóbili, do San Antonio Spurs, e Derrick Rose, do Chicago Bulls.

"Estou preocupado com o que virá lá na frente, quando começar a parte mais cansativa da temporada", alertou Doc Rivers, ex-jogador e treinador do Boston Celtics

Outras estatísticas comprovam os males que o locaute trouxe à competição. Na edição 2010/2011, nenhuma equipe teve média inferior a 90 pontos por apresentação.

Nesta temporada, entretanto, são seis equipes com este desempenho, entre as quais o consagrado Boston Celtics, com 89,8.

O Toronto Raptors, por exemplo, do brasileiro Leandrinho, fazia, em média 99,1 pontos. Agora, só 87,2, queda de 12% do desempenho.

A média geral das 30 equipes despencou dos 99,5 por jogo para 94,4. O Orlando Magic, há quase uma semana, perdeu para o Boston por 87 a 56 e atingiu a pior pontuação na história da franquia.

Registrou-se, também, queda no percentual de acertos dos arremessos. Nos de dois pontos, eram 46% em 2010/11, contra 44% neste ano. Nos de três, caíram de 36% para 34%.

O número de equipes que cometem 15 ou mais turnovers (perda da posse de bola) por jogo aumentou de cinco para 20 neste campeonato.