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Lucas vira referência do São Paulo

PAULISTA
Sem veteranos, jovem é esperança tricolor contra o Guarani

ADRIANO WILKSON
DE SÃO PAULO

O São Paulo começará hoje uma série de pelo menos quatro partidas em que entrará em campo com um time de jovens, sem um líder nato.

O tricolor perdeu sua maior referência, o goleiro Rogério, e seu principal artilheiro, o centroavante Luis Fabiano. Ambos estão contundidos.

Mais do que nas últimas três rodadas, o time dependerá do talento do meia-atacante Lucas, 19, o grande responsável por manter a equipe com 100% de aproveitamento no Paulista.

Três saíram dos pés do jovem, que aplica em média sete dribles por jogo. Ele é o líder do quesito no Paulista.

Do time tricolor, é um dos que mais começam jogadas de linha de fundo e levantam bolas na área. E marcou os gols que deram as duas últimas vitórias, ante Oeste (3 a 2) e São Caetano (2 a 1).

Hoje, contra o Guarani, às 19h30, no Morumbi, o torcedor são-paulino esperará que Lucas, outra vez, resolva o jogo. Mas não espere que ele comande a equipe com palavras: Lucas refutou a ideia de levar a tarja de capitão. "Sou muito jovem ainda, não tenho perfil de líder da equipe", declarou o meia-atacante.

"Deixa isso para goleiro ou zagueiros. Procuro contribuir correndo, fazendo meus gols e deixando a torcida feliz."

O técnico Emerson Leão espera que Denis, 24, o goleiro que substitui Rogério, assuma o papel de líder em campo. Foi ele que recebeu a tarja no final do último jogo.

Outro que pode receber a braçadeira é o zagueiro Rhodolfo, 25, que deve voltar a ser titular hoje e é um dos mais velhos do time, cuja média de idade é de 23 anos.

Ter uma equipe que depende ainda mais de jovens fez o técnico são-paulino mudar os treinamentos na semana.

Durante os coletivos, entrava em campo, parava as jogavas, gritava e apontava em caso de movimentos errados. E forçava várias repetições.

Um dos mais cobrados nos treinos foi o atacante Willian José, 20, que vai substituir Luis Fabiano. Em um ano no clube, ele fez apenas um gol.

Em um momento, Willian recebeu bola fora da área. Em vez de tocá-la para um colega que se desmarcava, chutou fraco e para longe do gol.

Enquanto se lamentava, levou bronca do treinador.

"Ele acredita muito no chute dele, mas temos que ter limites e bom senso para chutar", explicou Leão aos jornalistas. "Faz parte da minha obrigação mostrar que, em uma situação como essa, ele tem mais opções favoráveis."

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