Boa atuação de Willian leva seleção à vitória e dá alívio para Dunga
ELIMINATÓRIAS Meia do Chelsea marcou dois gols no triunfo por 3 a 1 sobre time da Venezuela
Trinta e cinco segundos. Foi o tempo que demorou para Dunga respirar aliviado em Fortaleza.
O técnico havia dito na véspera da partida que marcar logo no início do logo seria importante para o time.
O gol mais rápido desta edição das eliminatórias até agora foi marcado por Willian com colaboração do goleiro da Venezuela, Baroja.
O meia do Chelsea, que também fez o segundo gol, mais uma vez foi o melhor em campo e recebeu muitos aplausos em Fortaleza.
A vitória por 3 a 1 redimiu o Brasil da derrota na estreia das eliminatórias (2 a 0 para o Chile, em Santiago) e deu respiro ao treinador que convive com críticas por só vencer com facilidade jogos amistosos –foram 12 vitórias em 12 dessas partidas, contra duas derrotas, três vitórias e um empate em jogos oficiais.
Ainda que tradicionalmente o Nordeste apóie a seleção, mesmo em momentos de crise, havia desta vez certa predisposição para a vaia. Antes da partida, quando o nome de Dunga foi anunciado, os torcedores o vaiaram.
O técnico, aliás, surpreendeu na escalação ao colocar em campo Alisson, 23 anos, goleiro do Inter, e deixar Jefferson, 32, no banco.
A comissão técnica perdeu a confiança no arqueiro do Botafogo na Copa América, quando teve atuação irregular. Marcelo Grohe já seria o titular nas eliminatórias, mas machucou o ombro em um treino no Chile e foi cortado.
Dunga voltou a apostar em um centroavante de ofício, Ricardo Oliveira, e deixou Hulk no banco. Filipe Luís foi titular no lugar de Marcelo, e Marquinhos ocupou a vaga do lesionado David Luiz.
O gol logo no início fez o Brasil tocar a bola, mas o problema recorrente nos últimos jogos, a ligação entre o meio e o ataque, se manteve. Oscar, mais uma vez, foi mal, apesar de um ótimo corta-luz no lance do segundo gol de Willian. O meia foi vaiado ao ser substituído por Lucas Lima no segundo tempo.
Antes disso, no primeiro tempo, a torcida havia esboçado insatisfação com o toque de bola do Brasil. Instantes depois, contudo, aconteceu a bela jogada do segundo gol –logo as críticas deram lugar a aplausos.
A Venezuela tentou pressionar, e Alisson fez duas boas defesas.
A sonhada goleada esperada pelos torcedores parou em atuação burocrática da seleção na segunda etapa. Teve tempo até para a Venezuela diminuir. Mas antes que a torcida ensaiasse a vaia, Dunga foi rápido e colocou em campo Kaká, que desde o início da etapa final tinha o nome gritado pelos torcedores.
Pouco antes, Douglas Costa, o substituído, conseguiu cruzar para Ricardo Oliveira, de cabeça, marcar o terceiro.
O Brasil volta a campo pelas eliminatórias em 12 de novembro, contra a Argentina.