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Empate técnico TV e jogadores rendem R$ 290,5 milhões e deixam Corinthians com patamar de renda similar ao da CBF
RODRIGO MATTOS DE SÃO PAULO O Corinthians atingiu patamar de renda similar ao da CBF em 2011. Este crescimento corintiano reverte movimento dos últimos anos, em que a confederação crescia bem acima dos clubes. Segundo a Folha apurou, a diretoria corintiana estima que seu faturamento no ano passado deve ser de R$ 290,5 milhões -aumento de 36,7% em relação ao ano anterior. Esse número é extraoficial e ainda depende de o balanço financeiro ser fechado, mas não deve mudar muito. A CBF também já tem uma estimativa de seu ganho em 2011: R$ 296,5 milhões. Suas demonstrações financeiras estão praticamente finalizadas. Assim, obteve um crescimento de receita de 12,6%. A diferença entre o clube e a confederação caiu de R$ 50 milhões para R$ 6 milhões. Grande parte do aumento da renda do Corinthians se deve ao novo contrato de TV do Brasileiro. Por conta dele, o Corinthians irá receber R$ 100 milhões anuais. O acordo passa a valer a partir deste ano, mas em 2011 o clube já recebeu cerca de R$ 50 milhões em luvas -bônus na assinatura do contrato. Neste ano, a arrecadação desse item deve crescer mais. É preciso, porém, fazer ressalvas aos números. O clube arrecadou R$ 59,4 milhões com venda de direitos de jogadores. Mas só vai ficar com 26,2% desse valor. O restante será repassado a terceiros. O alto faturamento também se deu por causa do contrato de patrocínio com a Hypermarcas (R$ 38 milhões anuais) até o fim do Paulista. Outro clube com renda em ascendência é o São Paulo, que deve fechar sua arrecadação de 2011 em R$ 227 milhões, segundo a Folha apurou. O crescimento de receita será de cerca de 16,6%, também superior ao da CBF. É uma reversão de movimento iniciado em 2008. Então, o São Paulo ganhava mais do que a confederação. Mas, a partir daí, a receita da CBF explodiu e se distanciou das dos clubes, apesar de esses também terem aumentado as arrecadações. Em 2012, os times podem ultrapassá-la de novo, embora enfrentem obstáculos. Ambos os clubes, que são os que mais arrecadam no Brasil, receberão mais dinheiro da televisão com os novos contratos. O São Paulo fechou com a Globo por, aproximadamente, R$ 80 milhões. A CBF, por sua vez, já atingiu seu pico de exploração comercial, com 11 patrocínios. Só tem espaço para mais um contrato comercial. Acordos por direitos de TV e amistosos são de longo prazo. Mas uma ressalva é que os clubes não têm tido facilidade para encontrar patrocínios por conta das altas pedidas feitas às empresas. O São Paulo está com o espaço para seu apoiador principal em aberto no início da temporada. O Corinthians ainda não achou um substituto para a Hypermarcas. A negociação de jogadores também está limitada pela falta de poder financeiro dos times europeus. Ou seja, os clubes brasileiros atingiram a CBF, mas não será tão fácil ultrapassá-la. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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