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Corte suíça recebe 5 recursos no caso ISL

FIFA Reação de envolvidos leva processo a tribunal superior e adia sua abertura por, no mínimo, meses

DE SÃO PAULO

O caso de corrupção na Fifa envolvendo a ISL, ex-agência de marketing da entidade, falida em 2001, será avaliado pela Corte Federal da Suíça. Com isso, poderá levar meses para que a Fifa torne públicos os documentos do caso, considerado o maior escândalo de corrupção da história da centenária entidade.

A corte informou ontem que abriu cinco processos em separado e que eles podem levar meses para serem analisados. No final de 2011, o tribunal de Zug, na Suíça, deu à Fifa prazo de 30 dias para divulgar os documentos da ISL, falida em meio a denúncias de fraude e corrupção.

Há duas semanas, a Fifa informou à Folha que estava determinada a publicar os documentos e que o faria assim que fosse legalmente possível. E salientou que as partes envolvidas tinham até ontem para recorrer da decisão de Zug e impedir que os documentos viessem à tona.

As partes que recorreram da decisão estão sob sigilo.

A revelação dos detalhes do caso é vista como ponto crucial para o presidente da Fifa, Joseph Blatter, cumprir a promessa de combater a corrupção na entidade. Em outubro, ele disse que liberaria os documentos, mas a Fifa adiou a publicação.

O caso investigado refere-se a um dossiê com os nomes de dirigentes que supostamente receberam propina em negociação pelos direitos de transmissão de Mundiais.

Após a falência da ISL, investigações na Suíça encontraram documentos que indicavam pagamento de propinas a dirigentes em troca de contratos vantajosos, entre outras irregularidades. A Fifa virou ré em um processo criminal em Zug, em 2008.

Para manter o caso sob sigilo, cartolas devolveram US$ 6 milhões à massa falida da ISL, e a Justiça da Suíça encerrou o processo. Após alterações na legislação suíça, vários jornalistas pediram, na Justiça, acesso ao processo.

O processo sigiloso concluiu que foram pagos US$ 100 milhões (R$ 186 milhões) em propinas para dirigentes nos anos 1990.

De acordo com o jornalista britânico Andrew Jennings, Ricardo Teixeira (presidente da CBF e do COL) e João Havelange (ex-presidente da Fifa) teriam recebido propina da ISL. Ambos negam.

Em dezembro, Havelange renunciou ao cargo no Comitê Olímpico Internacional, que investigava seu envolvimento no escândalo da ISL.

Nos últimos seis meses, o Comitê de Ética do COI investigou o envolvimento de Havelange no caso no período em que ele presidiu a Fifa.

Com as agências de notícias

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