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Evento ganha mais adeptos no Brasil

SUPER BOWL
Final do futebol americano é campeã de audiência no Twitter e lota vários bares de São Paulo

SANDRO MACEDO
DE SÃO PAULO

Uniformizados, torcedores se amontoavam em mesas de alguns bares da cidade anteontem para assistir ao clássico do dia. Ninguém estava interessado em Santos x Palmeiras ou no centésimo gol de Neymar. Todos estavam apreensivos com o duelo entre New England Patriots e New York Giants, os finalistas do Super Bowl.

Sim, eles eram familiarizados com nomes de jogadores, como Tom Brady e Eli Manning, e termos como "touchdown" ou "tackle".

Principal evento do esporte dos EUA -segundo a companhia Nielsen, 47,8% das TVs no país estavam sintonizadas no jogo-, a final do futebol americano ganha cada vez mais adeptos no Brasil.

As redes sociais ajudam a explicar o tamanho do evento e sua explosão por aqui. Nos últimos minutos, mais de 10 mil tuítes por segundo eram postados no Twitter. O pico chegou a 12.233, recorde mundial do site. Os temas mais recorrentes eram Super Bowl, Patriots, Giants e até Madonna, que fez um show de cerca de 15 minutos no intervalo. No Brasil, os tópicos eram os mesmos. Isso num dia recheado de clássicos por todo o país: Palmeiras x Santos, Flamengo x Botafogo, Grêmio x Inter, todos ficaram em segundo plano.

Na unidade de Moema da Aplebee's, casa de "casual dinning", amigos com camisas de times esperavam pelo evento desde o início da noite com tinta no rosto, como os jogadores. "Viemos secar o New England Patriots", dizia Gabriel Costa, 23, numa mesa com quatro amigos, todos uniformizados.

Mesmo na sala de espera, pessoas pediam petiscos de olho no jogo. Desavisados que chegavam ao local logo eram informados do evento e procuravam outra casa.

No O'Malley's, pub na região dos Jardins, pessoas literalmente se amontoavam na frente da TV ou diante de um dos dois telões e vibravam a cada lance do confronto.

"Já transmitimos a final antes e sempre enche, mas não como hoje", comentava uma das garçonetes da casa durante o show do intervalo, momento de pico no serviço.

Habitualmente frequentado por estrangeiros, o pub transmitiu o jogo com som original. A medida provocou reclamações. Tammy Camp Biazon, 23, que queria a transmissão da ESPN brasileira, queixou-se: "Nosso dinheiro [dos brasileiros] vale tanto quanto o deles". De fato, futebol americano está virando coisa de brasileiro.

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