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Resistente

Aos 35, Marcos Assunção se mostra à prova de lesões, lidera fundamentos do Palmeiras e participa de mais da metade dos gols do time no Estadual

DE SÃO PAULO

Enquanto o craque do Palmeiras visita a enfermaria, Marcos Assunção sobra em saúde, gols, assistências e vários outros fundamentos.

O volante palmeirense, que marcou um gol e deu passe para outro na vitória de anteontem, sobre o XV de Piracicaba, também impressiona pela longevidade em campo.

Aos 35 anos, Assunção é o mais completo jogador do time de Luiz Felipe Scolari.

Basta ver que, em 2011, dos 69 jogos do Palmeiras, ele esteve em campo em 60. No Brasileiro, ficou de fora de apenas quatro partidas. Só Luan, 23 anos, e Márcio Araújo, 27, atuaram mais vezes.

Lesões, como as que acometem Valdivia, 28, o camisa 10 do time, que mal começou o ano e já se machucou, passam longe de Assunção.

Problemas de disciplina e cartões, como os que cercaram Kleber, que já deixou o clube, também não o afetam.

E 2012 começou ainda melhor para o veterano, que marcou três gols de falta pelo Campeonato Paulista e deu outras quatro assistências.

Ou seja, dos 11 gols do time no Estadual, sete tiveram a participação direta dele. No ano passado, Assunção participou de 26 dos 95 tentos.

Os números do Datafolha também atestam a participação do capitão da equipe.

Seu aproveitamento de passes, 91,1%, supera o de, por exemplo, Ralf, do Corinthians, e Arouca, do Santos.

Em relação a finalizações, tem a média de 3,2 chutes por partida. No Palmeiras, só Ricardo Bueno arrisca mais, com média de 3,3 tiros.

Também se destaca pelos cruzamentos. Ele é o terceiro que mais cruza no Estadual, com média de 9,2. E ainda faz ao menos um lançamento por jogo, em média.

"Não existe uma fórmula mágica, nem segredo. Eu sou um cara muito concentrado naquilo que eu faço e treino bastante. Costumo fazer nos treinos aquilo que faço nos jogos, e por isso as coisas estão acontecendo", disse, após a partida de anteontem.

Nos treinos, ele costuma treinar faltas exaustivamente até altas horas. Foi contratado sem grande pompa em maio de 2010, após passagem pelo Grêmio Barueri. É sempre o mais disposto a conceder entrevistas coletivas, independentemente da fase do time, mas é discreto e passa longe dos holofotes.

E teve de se livrar até mesmo de fogo amigo. Foi apontado como delator de colegas -acusação que revoltou todo o elenco- e hostilizado várias vezes pela principal torcida organizada do clube, que o acusava de baladeiro. Mas selou a paz.

"Se eu não estivesse ali para bater as faltas, outro jogador iria bater e fazer o gol ou dar assistências. Não sou o cara e nem acho que o time tenha essa dependência de mim", afirmou. (LUCAS REIS)

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