Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Foco

Scolari cria cartilha e vira embaixador paulista na Copa

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Luiz Felipe Scolari deixou de lado o agasalho verde, vestiu um sóbrio paletó escuro e, em meio a políticos engravatados (entre eles Geraldo Alckmin), tomou a palavra.

"São Paulo é o local ideal para qualquer seleção", foi uma das frases que abriram sua palestra ministrada ontem, no Palácio dos Bandeirantes, a representantes de mais de 30 municípios do Estado que pretendem hospedar seleções em 2014.

Ele foi convidado pelo governador para abrir um seminário sobre centros de treinamento de seleções para a Copa do Mundo de 2014.

"O que vou passar a vocês é minha experiência e o que um técnico de futebol necessita e gostaria de ter em relação a centros de treinamentos", disse o palmeirense.

Mais do que isso, Scolari assumiu a postura de embaixador de São Paulo na Copa.

Durante 20 minutos, o treinador gaúcho deu conselhos sobre centros de treinamento, hotéis, restaurantes e como promover as cidades para atrair as seleções.

"É preciso três campos para treinar, boa aparelhagem para musculação. Não esqueçam, o translado para torcedores é muito importante", afirmou. "Preparem mapas da cidade, releases, material fotográfico", sugeriu.

Disse o quanto é importante para os treinadores ter privacidade, elogiou a polícia paulista ("Os batedores são fantásticos como nunca vi em nenhum outro lugar"), fez recomendações sobre o uso de energia elétrica e reforçou, mais de uma vez, como é fundamental receber e tratar bem os jornalistas.

"Não é ofensa, mas jornalistas precisam e gostam de ser bem tratados. Tem que providenciar tudo a eles: café, lanche, uma série de detalhes. É importante para o trabalho deles e para que sintam que o país dá condições."

Em 20 minutos, Scolari narrou sua própria cartilha para os municípios paulistas.

"Não gosto de ficar no mesmo hotel que a imprensa e hóspedes. Os técnicos de fora não sabem como é difícil se movimentar no Brasil. Teremos que oferecer uma logística muito bem feita."

Ao longo da palestra, ele enumerava de onde tira seus conselhos: citou competições, cidades e hotéis que viu de perto em sua carreira.

"Vejo que São Paulo tem grandes possibilidades. Tendo isso, os técnicos vão optar por ficar aqui ou ao redor de São Paulo. Nossas facilidades são maiores do que em qualquer outro lugar", finalizou.

Mais tarde, aos jornalistas, falou do convite para o evento. "Vivo aqui há algum tempo e me coloquei à disposição para ajudar São Paulo e, principalmente, o Brasil."

"São Paulo está no caminho. Vai exigir muita qualidade de nós e [as seleções] vão ficar muito satisfeitas. Estão fazendo muito terrorismo [com a Copa]. Cobra-se e exige-se muito e muitas vezes outros países não têm o que temos aqui", declarou.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.