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Formado em Harvard, filho de chineses é sensação da NBA

Danny Moloshok - 29.dez.11/Reuters
Jeremy Lin em aquecimento de jogo dos Knicks
Jeremy Lin em aquecimento de jogo dos Knicks

DE SÃO PAULO

A nova sensação da NBA nada tem a ver com o perfil médio do jogador da liga de basquete dos EUA.

Jeremy Lin, 23, é o primeiro americano de ascendência chinesa a disputar o torneio -seus pais são imigrantes de Taiwan. É também o primeiro atleta que estudou na cultuada Universidade de Harvard a chegar no topo do basquete mundial desde 1954.

Isso numa liga em que cerca de 80% dos jogadores são negros e trazidos de escolas secundárias ou de universidades em que o prestígio é esportivo, e não acadêmico.

Em sua vida esportiva como universitário, Lin, 1,91 m, passou a maior parte do tempo jogando numa liga que reúne apenas oito faculdades, todas de elite, como Harvard, Yale e Princeton.

Lin se formou em economia em Harvard.

Terminou o curso com uma nota média equivalente a "B" pelos padrões brasileiros.

Mas o que torna ainda mais fascinante a história do jovem nascido na Califórnia é a sua ascensão meteórica em praticamente só uma semana.

Ao se formar em Harvard, em 2010, Lin foi ignorado no draft da NBA, o processo em que os 30 times da liga escolhem os jogadores vindos das universidades ou do exterior.

Logo depois, conseguiu um contrato provisório no Golden State Warriors, mas pouco saia do banco. Terminou mandado para uma liga de desenvolvimento da NBA.

Acabou conseguindo outro contrato provisório, agora no New York Knicks.

Sem ter um salário garantido, morou de favor, dormindo em um colchão, no apartamento de um quarto do irmão, que estudava numa universidade local.

Armador, Lin joga na posição justamente em que o Knicks mais sofria, a ponto de o estrelado time estar fora da zona de classificação às finais. Sem mais opções, o treinador da equipe resolveu há três jogos dar um tempo significativo de jogo para Lin.

E aí começou seu conto de fadas. Em três partidas, as últimas duas como titulare, o filho de engenheiros de Taiwan foi o cestinha dos Knicks, com média de de 27,3 pontos por jogo, marca que seria suficiente para lhe colocar entre os três maiores pontuadores da NBA. Está atrás apenas de Kobe Bryant e LeBron James.

Desempenho que transformou o ex-aluno de Harvard em celebridade instantânea.

Em uma semana, o número de seguidores de Jeremy Lin no Twitter saltou de 30 mil para 66 mil.

Feliz também está o departamento de marketing dos Knicks, uma das mais populares franquias da NBA. A enorme colônia chinesa nos EUA aumentou o interesse pelo time. A procura por ingressos cresceu quatro vezes.

Agora efetivado, Lin vai ganhar US$ 800 mil pela temporada, uma ninharia para o salário médio da NBA, superior a US$ 5 milhões. E as janelas se abrem para ele. Além da ascendência chinesa, o bem articulado Lyn é tido como garoto-propaganda ideal.

NA TV
NY Knicks x LA Lakers
23h ESPN e ESPN HD

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