Tostão

Nada é perfeito

CONTINUAM OS Estaduais. Vejo pouca diferença técnica entre os grandes de São Paulo e Rio, além de Grêmio e Internacional. Coritiba, Atlético-MG e Cruzeiro estão abaixo.

O São Paulo não tem um lateral direito. Piris é fraco. Na esquerda, o habilidoso Cortez não sabe se posicionar defensivamente. Está sempre na linha dos volantes, e não dos zagueiros.

O Corinthians é o mais organizado. Por outro lado, na partida contra o Deportivo Táchira, é injustificável colocar o apenas aplicado Jorge Henrique no lugar de Alex, com a alegação de que Jorge Henrique tinha jogado bem contra o São Paulo.

O Palmeiras possui o melhor cobrador de faltas e de escanteios, talvez do mundo, Marcos Assunção. O argentino Barcos, mesmo sem grande brilho, já mostrou que é muito melhor que Fernandão e Ricardo Bueno. Se Valdivia fosse tão bom quanto muitos acham que é, o Palmeiras seria mais forte.

O Santos é o único que tem um craque, Neymar, mas não possui um grande time, nem quando venceu a Libertadores. Nos últimos anos, a melhor equipe brasileira foi a do Santos, campeã da Copa do Brasil de 2010, que tinha Neymar e Robinho.

No Vasco, Juninho Pernambucano e Felipe deveriam atuar mais atrás, ao lado de um volante mais marcador. Na derrota para o Nacional, pela Libertadores, o time jogou com dois volantes apenas marcadores, além de Felipe e Juninho mais à frente. Foram anulados, e a bola não saía da defesa para o ataque.

O Botafogo mudou de técnico, mas os atletas e o esquema tático continuam os mesmos. Com poucas exceções, os times melhoram ou pioram com um novo técnico muito mais por outros motivos.

Na goleada de 5 a 1 do Barcelona sobre o Valencia, o melhor jogador em campo, depois de Messi, foi o goleiro brasileiro Diego Alves, convocado para a seleção. Messi fez quatro gols. Mas nada é perfeito no Barcelona. O presidente Sandro Rosell, parceiro de Ricardo Teixeira, é acusado de várias falcatruas.

O Real Madri só perde para o Barcelona. Ontem, empatou em 1 a 1 com o CSKA, na Rússia, em uma temperatura de -5º C.

Quando Cruyff disse que o Barcelona joga como as grandes seleções e equipes brasileiras do passado, e o Real joga como a seleção e os times brasileiros atuais, quis enfatizar que o Barcelona é o grande representante de um estilo encantador, e o Real, de outro mais tradicional. Não quis dizer que o Real não seja uma excepcional equipe nem que a seleção e os times brasileiros são ruins.