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Diz que diz

Após troca de farpas entre o técnico Leão e Andres Sanchez, da CBF, São Paulo consegue liberar Lucas para o clássico graças a ajuda da federação paulista

DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO

Após um dia de bate-boca entre Emerson Leão e Andres Sanchez, o São Paulo conseguiu confirmar a participação do meia Lucas no clássico contra o Palmeiras, amanhã, em Presidente Prudente.

Até as 18h30 de ontem, o jogador estava fora da partida, válida pela décima rodada do Campeonato Paulista.

Ele teria que embarcar na noite de hoje para a Europa, onde se apresentaria a Mano Menezes para o amistoso da seleção contra a Bósnia, em Saint Gallen (SUI), na terça.

Mas, no final da tarde, a CBF divulgou nota informando que, atendendo a pedido da FPF (Federação Paulista de Futebol), Lucas poderá se juntar à equipe nacional no treino da noite de segunda, já no local do amistoso.

O que dá tempo para que o meia entre em campo no clássico no interior paulista.

O clube do Morumbi apelou à federação ontem, após afirmar ter pedido de maneira informal à CBF a liberação do meio-campista.

O apelo veio depois de bate-boca entre Leão e Andres Sanchez, novo diretor de seleções da entidade nacional.

Na última entrevista coletiva antes do duelo, Leão havia esbravejado contra a confederação e seu presidente.

"A seleção não retirou ninguém [dos times], só retirou o Lucas. Além de não pagar nada, porque a CBF deve milhões ao nosso clube, milhões, ainda nos tira o Lucas. Disseram que ele [Ricardo Teixeira] ia sair, disseram que não vai mais, espero que saia", declarou Leão.

A ira do técnico veio à tona após o zagueiro Dedé, também chamado por Mano, ser liberado para jogar pelo Vasco a decisão da Taça Guanabara, amanhã, contra o Fluminense, no Engenhão.

Leão disse que jogadores receberam a recomendação da CBF para forçarem cartões amarelos para não haver problemas para a seleção. Mesmo se tivesse levado um amarelo na rodada passada, Lucas não perderia o clássico.

"Sei que falaram isso na reunião da entidade, que assim não teria reclamação. As entidades punem o jogador que toma cartões e depois vêm pedir para tomar? O que é isso?", reclamou Leão.

Depois da entrevista do são-paulino, Andres Sanchez rebateu as acusações. Disse, em entrevista ao canal Sportv, que o São Paulo não havia pedido a liberação de Lucas e negou que havia sugerido aos atletas que tomassem cartão. "Quero que Leão diga quem falou para o jogador tomar o cartão, porque a pessoa será demitida. Leão vai responder judicialmente."

Na nota em que anuncia a liberação de Lucas, a CBF diz que entrará com representação no STJD contra Leão, por "declarações infundadas".

Colaborou BERNARDO ITRI, do Painel FC

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