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Andres debuta em novo cargo na Suíça

SELEÇÃO Diretor da CBF estreia em momento delicado para seu chefe, Ricardo Teixeira, e para o time de Mano

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

O primeiro amistoso da seleção brasileira em 2012, a ser disputado na terça-feira, contra a Bósnia-Herzegóvina, na Suíça, marca a estreia de Andres Sanchez como diretor de seleções da CBF.

O ex-presidente do Corinthians debuta no cargo num momento delicado tanto para a confederação quanto para o time de Mano Menezes.

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, volta nesta semana ao Rio depois de ter passado quase dez dias refugiado na Flórida (EUA).

Empresa ligada ao cartola (a Ailanto) está sendo investigada por superfaturamento na organização de jogo entre Brasil e Portugal em 2008.

A Folha revelou que, segundo a Polícia Civil do DF, foram encontrados cheques nominais de R$ 10 mil de uma das sócias da Ailanto, Vanessa Precht, ao dirigente, para arrendar uma fazenda do presidente da CBF.

As denúncias levaram presidentes de federações e até um vice da CBF (Weber Magalhães, da região Centro-

-Oeste) a tratar abertamente da sucessão, o que deixou Teixeira contrariado.

O dirigente marcou para o dia 29, quarta-feira, um dia depois do amistoso da seleção, uma assembleia geral, na qual se discutirá "mudanças no estatuto da CBF".

Na mesma data, havia sido marcada assembleia das federações, evento cancelado quando o dirigente anunciou que faria a reunião da CBF.

Andres é apontado como um possível substituto de Teixeira. Ele nega que seu cargo seja um trampolim.

"Eu não trabalho para isso, tem gente na minha frente", disse, ao ser sabatinado pela Folha em 6 de fevereiro.

O cartola foi contratado pela CBF -com salário de R$ 75 mil mensais, segundo ele- para comandar as seleções de base, a feminina e a masculina. "Vou fazer só o que toca meu cargo, não vou ser bucha de canhão de ninguém."

Enquanto os bastidores da CBF fervem, a seleção custa a decolar com Mano.

O time vem de quatro vitórias seguidas -Costa Rica, México, Gabão e Egito- mas caiu para sétimo lugar no ranking da Fifa, pior colocação desde agosto de 1993, quando foi o oitavo.

Andres afirmou que não vai influenciar em convocações. "Só quando houver algum problema disciplinar."

Mas deixou claro que pretende continuar amigo de jogadores, como foi quando presidia o Corinthians.

"Eu saí com jogadores, não tem problema nenhum. Nunca interferiu no meu trabalho e não vai ser agora", disse. "Se tiver que cobrar, mandar embora, eu vou fazer."

Anteontem, ele se envolveu na primeira rusga com um treinador por conta da seleção. Emerson Leão, do São Paulo, criticou a não liberação de Lucas para o clássico de hoje, com o Palmeiras.

E disse que jogadores receberam orientação da CBF para forçar cartões amarelos que levassem à suspensão no Paulista. Dessa forma, não prejudicariam a seleção.

Andres negou, e a CBF entrará no STJD contra Leão.

Lucas acabou liberado.

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