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Destaques superam sol escaldante

PAULISTA Nem calor de mais de 30º impede Barcos e Fernandinho de brilharem em clássico

DO ENVIADO A PRUDENTE

A dez minutos do fim, após mais de uma hora correndo sob um sol forte, o lateral Bruno Cortez começou uma arrancada de sua própria área e parou no campo adversário.

Antes do jogo, comentaristas falavam que o calor que castigava Presidente Prudente poderia resultar em um jogo chato e sem alternativas.

A torcida sofreu no calor, mas foi recompensada com o mais emocionante dos jogos deste Campeonato Paulista.

No lado alviverde, o argentino Barcos encheu os olhos do torcedor do interior, mais do que já fizera ao da capital.

Ele já marcou quatro gols em cinco jogos pelo Palmeiras. Os dois de ontem chamaram a atenção pela habilidade e frieza dentro da área.

"Ainda falta muito. Dois gols em clássico é muito importante para um atacante, mas o sabor amargo de não ganhar é ruim", disse Barcos.

No lado tricolor, o sempre questionado Fernandinho mostrou seu valor ao entrar no segundo tempo, dar novo ânimo e o empate a seu time.

Palmeiras e São Paulo se igualaram no placar, mas juntos venceram o sol escaldante e brindaram os cerca de 20 mil torcedores que foram ao estádio José Eduardo Farah.

"Correr atrás do resultado em um jogo normal já é difícil, imagina em um clássico", afirmou Fernandinho. "A gente costuma dizer que corre dobrado quando sai atrás do resultado, ainda mais num calorzão desse."

O termômetro marcava 32º C, mas a sensação era de um calor ainda maior. O juiz teve que interromper o jogo uma vez em cada tempo para que todos bebessem água.

Na arquibancada, os torcedores se protegeram como puderam: vestir sombreiro, um chapéu mexicano de abas largas, virou uma inusitada moda do verão prudentino.

O calor foi o pivô até de um princípio de briga na torcida. Vendedores de água aproveitaram o sol forte para inflacionar o preço do produto.

O locutor do estádio pediu duas vezes para que não se comprasse água acima de R$ 3. Um grupo de torcedores expulsou das cadeiras um ambulante aos gritos de ladrão.

Mas o que surpreendeu foi mesmo a entrega de todos os atletas, das duas equipes, quase durante o tempo todo.

A torcida queria ficar mais perto do time. Quando havia gol, um gesto se repetia: todos pulavam no alambrado esperando que se pendurasse ali o autor do tento.

O que não aconteceu, talvez por receio de que ocorresse o mesmo que em 2009, quando Ronaldo derrubou parte do alambrado ao festejar seu gol.

(ADRIANO WILKSON)

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