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Ventiladores expõem precariedade
VÔLEI
DE SÃO PAULO Era para ser um espetáculo entre duas das principais potências do vôlei nacional. Mas o embate entre Sesi, atual detentor do título da Superliga masculina, e o tetracampeão Florianópolis, realizado na segunda à noite, acabou ofuscado por um piso que insistia em permanecer úmido. Por um longo período, funcionários do time catarinense, técnicos e jogadores das duas equipes -alguns da seleção- se esforçaram para enxugar com panos e outros recursos a quadra do ginásio Capoeirão, em Florianópolis. Chegaram a jogar álcool para aumentar a evaporação. Depois, colocaram ventiladores para secar a quadra mais rápido. Ao cabo de duas horas, o jogo enfim começou. Não foi a primeira vez que a Superliga foi afetada por problema no ginásio nesta temporada. Duas partidas em Montes Claros (MG) sofreram atraso por conta de goteiras. A fragilidade do ginásio mineiro ficou ainda mais evidente quando Murilo, astro do Sesi e da seleção, postou foto no Twitter de um banheiro degradado no vestiário. A precariedade não se restringe só às instalações de Florianópolis e Montes Claros. No país que receberá a Olimpíada de 2016, há carência de investimento em melhorias de ginásios, ao contrário do que ocorre com estádios, que estão sendo modernizados para a Copa-14. "Fica uma ressalva de que estamos sofrendo em todo o Brasil pela falta de estrutura dos ginásios! Seja em Floripa, Montes Claros, Volta Redonda, BH! Goteiras e problemas de iluminação são inadmissíveis em uma Superliga tão forte", já alertava Bruno, levantador do Florianópolis e da seleção, em seu Twitter no início desta temporada. O presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, Ary Graça, reconhece a escassez de bons ginásios no país. Para ele, são poucos com condições de receber grandes eventos. Não é à toa que as finais da Superliga ocorrem no Ibirapuera (São Paulo), Maracanãzinho (Rio) ou Mineirinho (Belo Horizonte), privando alguns times de jogarem diante de suas torcidas. Até o recém-reformado Ibirapuera, palco da final da Superliga masculina em abril, sofreu com goteiras às vésperas do Brasil Open de tênis. A CBV minimizou o ocorrido em Florianópolis, na segunda, atribuindo o problema à alta umidade na cidade. A entidade, porém, prepara desde dezembro um estudo da situação dos ginásios brasileiros usados na Superliga. "O objetivo é validar ou não estes ginásios para receberem os jogos da próxima temporada da Superliga", disse a entidade, em nota. As medidas punitivas às equipes cujos ginásios têm más condições ainda são brandas. A multa aplicada ao Montes Claros, reincidente na goteira, foi de R$ 500. Segundo o secretário de Esporte do município mineiro, Geraldo de Oliveira, o teto do ginásio já foi reformado. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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