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Motor

FÁBIO SEIXAS fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

Desafios novos, discursos velhos

Barrichello sorria de orelha a orelha. Chamou Kanaan de irmão, agradeceu os patrocinadores, falou em sambadinha no Sambódromo (ai...), disse que vai se espelhar em Emerson (ai, ai...) e que, sem o apoio da mulher, Silvana, não teria encarado o desafio dos circuitos ovais.

Contou que está "com muita força, muita coragem e determinação", "muito feliz".

E, dono de uma casa em Orlando, incorporou, desde já, o estilo família da Indy -e das categorias americanas em geral-: a descontração algo caipira do seu anúncio, ontem, é impensável para a F-1.

Anúncio feito, outra página virada, portanto, o que esperar de sua temporada?

O próprio Barrichello deu algumas dicas das dificuldades que terá pela frente.

A primeira, a falta de testes. Ele participou de duas sessões de treinos, em Sebring e Sonoma, e terá apenas mais duas antes da primeira corrida, no dia 25, nas ruas de St. Petersburg.

Uma dessas sessões será no oval curto do Texas. Está aí uma outra dificuldade no horizonte.

"Não tenho ideia de como é o acerto do carro em ovais, precisarei aprender."

Por fim, há barreiras na adaptação ao carro: o turbo e o downgrade tecnológico.

Ele ainda estava no primeiro ano de F-Ford quando a F-1 impôs os motores aspirados.

E convenhamos, o modelo da Indy, mesmo sendo novinho, é uma bomba.

Todo o resto joga a favor.

Barrichello também não conhece os mistos, é verdade, mas isso ele aprende em poucas voltas. Tem boa técnica. Estará em uma equipe que, se não é de ponta, tem condições de lutar por vitórias.

Que não se deixe levar pelo oba-oba que tentarão fazer, principalmente na época da prova do Anhembi. Aos 39 anos, ele já deveria estar imune a isso. A entrevista de ontem mostrou que não é o caso.

BARCELONA

SEM OPONENTES

A Lotus voltou aos testes ontem, e Grosjean foi o mais rápido em Barcelona. O carro, diz, parou de trepidar. Mas é claro que seu tempo foi para mostrar aos patrocinadores que tudo está bem. Faltando apenas três dias para o fim da pré-temporada, nada indica que Red Bull e McLaren serão ameaçadas. Ah: a Ferrari, com Massa, não saiu da oitava colocação.

RIO

SEM CIRCUITO

A CBA tentou impugnar a licitação para a parceria público-privada que vai erguer o Parque Olímpico do Rio, em Jacarepaguá. Queria fazer valer o acordo que rezava que o parque só começaria a ser erguido após o início das obras no autódromo de Deodoro. O pedido foi indeferido, claro. A ingenuidade dos cartolas do automobilismo, na época do Pan, ainda espanta.

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