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Juca Kfouri

Show do dia 7

Barcelona e Santos, Messi e Neymar, o futebol pode ser um grande espetáculo

A VELHA TV Record, o canal 7 de Paulo Machado de Carvalho, o Marechal da Vitória do bicampeonato do Brasil nas Copas de 1958 e 1962, tinha um show mensal sempre no dia 7 com o que havia de melhor da música brasileira, de Elis Regina a Chico Buarque de Hollanda.

Ontem, o futebol soou feito música em Camp Nou e na Vila Belmiro, onde Lionel Messi e Neymar marcaram não sete, mas oito gols, quatro deles de antologia, para Heitor Villa-Lobos fazer uma sinfonia.

O argentino liquidou os vice-campeões alemães com nada menos que cinco gols -nunca antes marcado por ninguém na Liga dos Campeões da Europa-, na goleada do Barcelona de 7 a 1 no Bayer Leverkusen, dois deles de cavadinha, um com o pé esquerdo, outro com o direito. Sim, os recordes de Pelé no século passado correm sério risco neste 21.

Mas o Santos tem quem possa, amanhã, rivalizar com o excepcional craque platino.

Neymar tratou de não ficar atrás do show da tarde e fez o dele à noite na estrondosa vitória santista sobre o Inter por 3 a 1, com os três gols dele, dois iguais, ao pegar a bola no meio de campo e só parar dentro do gol colorado.

O Rei Pelé os assinaria. Lionel Messi também.

O Barcelona manteve sua mania de fazer tudo que um time de futebol pode fazer, e mais um pouco, quando o mundo está de olho em seu desempenho. E o Santos mostrou que essa história de que a Libertadores é um torneio diferente, mais de transpiração que de inspiração, é relativa, porque se não jogou para fazer os sete do catalães, ao menos cinco poderia ter feito não fossem a trave e o goleiro rival.

Ontem fez dez anos que o Marechal da Vitória morreu e se estivesse vivo certamente ele contrataria as orquestras praianas de Barcelona e Santos para encantar as plateias de sua TV, a Globo dos anos 60.

Sim, porque futebol assim dá gosto de ver. E de ouvir. E como!

AH, LIBERTADORES!

Já o Corinthians, no Pacaembu tenso como as veias abertas da América Latina, suou para vencer o fraco Nacional paraguaio. Mereceu, sem dúvida, mas não convenceu, incapaz de impor sua superioridade no toque de bola, com a bola no chão e desacostumado com as arbitragens mais permissivas do torneio. Mas ganhou de goleada: 2 a 0...

Bonito fez o Flu, na Bombonera, ao vencer o Boca Juniors, por batalhados 2 a 1. Histórico!

blogdojuca@uol.com.br

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