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Adriano pede e fica dois dias de folga

Corinthians Clube diz que atleta só antecipou um treino anteontem

EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC
MARIANA MAZIERO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Após se envolver em polêmica com Tite e ser cortado dos jogos com o Guarani, anteontem, e com o Cruz Azul, pela Libertadores, Adriano recebeu dois dias de folga.

A Folha apurou que foi o próprio Adriano quem pediu para não treinar ontem.

Porém o diretor de futebol do Corinthians, Roberto Andrade, argumenta que não houve privilégio, mas sim uma troca de dias de treinos.

"Como o Adriano não foi escalado para a partida de sábado [anteontem], ele treinou no sábado com os não relacionados. Ele antecipou o treino que faria no domingo [ontem]", explicou Andrade.

"Já na segunda [hoje], não ia ter treino de todo o jeito, é dia de descanso", declarou.

Ontem, no entanto, alguns jogadores treinaram. A volta de Adriano aos treinos ocorrerá somente amanhã.

Na sexta, mesmo dia em que Tite mostrou irritação e barrou Adriano das partidas, o atleta não se pesou na frente dos outros jogadores. O diretor de futebol, porém, nega que tenha sido este o motivo da revolta do treinador.

"Toda vez que o Adriano se pesa acaba acontecendo aquela palhaçada de todo mundo querer conferir com quantos quilos ele está. Não tem problema nenhum ele querer pesar em separado."

Em entrevista à TV Globo, Adriano disse estar com 100 kg e precisar perder dois para estar 100% em forma.

O diretor de futebol do Corinthians procurou pôr panos quentes nas indicações de que ocorrera atrito entre Tite e Adriano. "O que houve foi que o Adriano ficou chateado por não ter sido escalado para os jogos. Foi só isso."

Porém as declarações de Tite após o 1 a 1 com o Guarani deixaram margem para suspeitas. Após avisar que não falaria sobre o jogador, ele comentou a situação.

"Quero estar em paz comigo, não tenho a vaidade de ser o dono da verdade. Passei da idade, quero que o torcedor olhe e fale, 'ele pode errar, mas aquele cara é correto.'" Tite disse que não houve discussão com o jogador.

"[Se eu fosse jornalista,] eu faria as mesmas perguntas. Seria fácil para mim vir aqui falar, não seria? Resolve dentro do vestiário, traz a coisa, e bota na arena para jogar."

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