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Clubes vão à CBF exigir pagamento
SELEÇÃO MARTÍN FERNANDEZ DE SÃO PAULO A primeira reivindicação por parte dos clubes depois da troca de comando na CBF é por mais dinheiro. Cientes de que podem aproveitar o momento de adaptação de José Maria Marin à presidência, cartolas se articulam para exigir que a entidade pague o salário dos jogadores que estiverem a serviço da seleção brasileira. Fragilizada após a saída de Ricardo Teixeira, a CBF admite que pode ceder. Segundo a Folha apurou, Marin telefonou a todos os clubes da primeira divisão e avisou que está disposto a ouvir e levar em consideração suas sugestões e pedidos. Hoje, a CBF não paga a todos os clubes quando ocorre uma convocação, embora esteja previsto em lei. O artigo 41 da Lei Pelé diz que o pagamento deve ser feito com base no valor de contrato de trabalho do atleta e deve ser proporcional ao tempo que ele esteve cedido à seleção. Dos seis clubes brasileiros que mais cederam jogadores desde a Copa América, em julho do ano passado, somente o Flamengo afirmou ter recebido a indenização. Santos, São Paulo, Internacional e Vasco disseram que não receberam o pagamento recentemente. O Corinthians não quis comentar o tema. "Na minha época como jogador, eu sei que pagava. Agora não acontece mais", declarou o presidente do Vasco, Roberto Dinamite. A presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, diz que qualquer posição será tomada em conjunto com os outros clubes cariocas e com a Federação de Futebol do Rio. A negociação entre a CBF e os clubes não deve ser retroativa -inicialmente não haverá pagamento por convocações passadas. Mesmo assim, o departamento financeiro do São Paulo iniciou levantamento de quanto a CBF deve ao clube, valor que pode ser pedido no futuro, caso haja acordo. O maior entusiasta da campanha é o santista Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, presidente do clube brasileiro que mais cedeu atletas nas últimas convocações do treinador Mano Menezes. Só pelas presenças de Elano, Neymar e Paulo Henrique Ganso na Copa América de 2011, a CBF teria que indenizar o Santos em quase R$ 600 mil, salário proporcional de ambos pelo período em que estiveram na Argentina. "A CBF desfalca os times no meio do campeonato, e os custos ficam com os clubes. Essa relação tem que mudar", disse à Folha Luis Alvaro, que faz coro para um calendário mais flexibilizado. Ele não quer perder jogadores para a seleção brasileira no meio de uma competição e quer datas para realizar amistosos fora do país. O Santos certamente vai sofrer em 2012, assim como outros times. A seleção disputará quatro amistosos no hemisfério Norte entre maio e junho e, depois, a Olimpíada, entre julho e agosto. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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