Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Motor

FÁBIO SEIXAS fabioseixas.folha@uol.com.br

Não basta ser ídolo, tem que participar

ATÉ 1994, a Alemanha não tinha um título na F-1. Dezoito anos depois, tem nove. O Brasil-sil-sil somava oito Mundiais. Parou por aí: oito.

A Alemanha conta nesta temporada com cinco pilotos na categoria, sendo dois deles campeões e favoritos na luta pela ponta do grid na próxima madrugada.

O Brasil tem dois, e será surpresa se o mais experiente deles, Massa, fizer alguma pole no Mundial -já são três temporadas em branco.

Ao futuro, pois. A meta de Vettel, até novembro, é se tornar o terceiro piloto da história a ganhar três títulos seguidos. Os dois brasileiros terão como maior preocupação segurar seus empregos.

Maior poder econômico? Investimento das montadoras? Organização? Sorte?

Um pouco de tudo isso. Mas o colunista acredita numa explicação mais singela.

A agência de notícias "France Presse" fez um perfil de Vettel, intitulado "Ainda um campeão sorridente".

E, lá no fim do texto, ele fala sobre sua inspiração quando criança, quando kartista.

"Lembro de uma vez... Havia umas 120 crianças tentando se classificar para uma prova de kart organizada pelo Michael. Os 34 melhores participaram e receberam a bandeirada dele. Foi um presente para todos! Um sonho!"

É isso.

Havia uma penca de moleques cheios de amor pelo esporte, loucos para correr para o ídolo, receber a bandeirada do ídolo, ganhar o troféu das mãos do ídolo.

Dali saiu um bicampeão.

Quando você leu algo parecido sobre Emerson ou Piquet? Um multicampeão brasileiro da F-1 "perdendo" um domingo com a molecada? Pode parecer detalhe, mas não é.

Se você esbarrou com um ídolo quando criança, deve lembrar da sensação.

Vettel lembra até hoje.

(Registro despretensioso, mas propício: quando era criança, Massa teve um pedido de autógrafo negado

por Senna.)

-

f-1

A NOVIDADE

As suspeitas de Newey tinham razão de ser. A Mercedes realmente tirou uma carta na manga, a grande novidade técnica deste início de temporada: um novo "duto F", que potencializa os efeitos da asa móvel. Em Melbourne, a FIA vistoriou os carros de Schumacher e Rosberg e aprovou o sistema. Pronto: começou a correria da concorrência para copiar.

-

indy

A NOVIDADE

Depois de uma série de bons treinos na Indy, Barrichello foi apenas o décimo colocado na última sessão antes do início da temporada, no Alabama. Agora é a hora do balanço. Numa equipe mediana, o veterano da F-1 pode até lutar eventualmente por poles e vitórias. Mas, ufanismos à parte, não vai disputar o título. Penske e Ganassi estão muito na frente.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.