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Juca Kfouri

Cai o último invicto

O Palmeiras foi bem melhor primeiro e o Corinthians o superou depois para virar

CORINTHIANS DA VIRADA como nos velhos tempos no domingo em que o imortal Chico Anysio foi cremado, seu Vasco só empatou em São Januário com o Resende e seu Palmeiras foi derrotado.

Não caberia alegria mesmo neste dia.

E o Palmeiras só foi derrotado porque o futebol é repleto de caprichos.

Porque jogou bem melhor o primeiro tempo, quando fez 1 a 0 e ainda viu os gringos Barcos e Valdivia desperdiçarem dois gols que não se perdem em clássicos.

Era um alviverde consistente e competente, além de ameaçador porque, enfim, tem talento no gramado, não apenas luta e força.

Tão competente que embora tenha visto o rival com mais posse de bola, simplesmente não correu riscos, neutralizando as tentativas corintianas.

Tudo mudou em seis minutos. Nos seis primeiros minutos do segundo tempo.

E graças a São Jorge Henrique, que para fazer inveja a Marcos Assunção, aproveitou duas bolas paradas pela direita para construir a virada à moda corintiana no Pacaembu.

Na primeira, pôs a bola na cabeça de Liedson que foi cortada pela mão de Márcio Araújo num passe a Paulinho para empatar.

Na segunda, Henrique desviou com a falta de sorte que teve também no fim do jogo, quando desperdiçou o empate, e o mesmo Márcio Araújo, para impedir que Liedson saísse de seu angustiante jejum, tocou contra o próprio gol.

Aí o Palmeiras desmoronou, ficou à mercê do Corinthians, inteiramente dominado por 23 minutos de arrastão alvinegro, quando as chances do terceiro gol apareceram claramente nos pés de Jorge Henrique, que merecia, e de Edenílson.

Felipão que andava tão feliz com o desempenho de seu time não fez bem em tirar a velocidade de Maikon Leite para a entrada de Ricardo Bueno.

E só exatamente na metade do segundo tempo o alviverde conseguiu chutar ao gol de Júlio César, quando Emerson errou uma saída de bola que se ofereceu para Valdivia mandar por cima.

Foram-se a liderança e a invencibilidade bem diante de quem não podia, do time que acaba esta fase do Estadual como único a vencer dois clássicos e contra seus maiores rivais do Trio de Ferro.

Mas é claro que tudo valerá mesmo a partir dos mata-matas quando, então, os fãs de Chico Anysio, que são de todas as torcidas, terão a graça que merecem e que ele nos proporcionou durante nossa vida inteira.

blogdojuca@uol.com.br

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