Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Cadastro de torcedores está suspenso
VIOLÊNCIA DO PAINEL FC MARCEL RIZZO ENVIADO ESPECIAL A JUNDIAÍ O programa nacional de cadastramento de torcedores do Ministério do Esporte, tido como uma das principais iniciativas para conter os conflitos entre organizadas, foi paralisado no final de 2011. A Folha apurou que o sistema foi desmobilizado. Cerca de R$ 33 milhões do orçamento, com previsão para serem direcionados à empreitada, não foram utilizados. Um projeto-piloto, no Paraná, foi desmobilizado após convênio entre a pasta e o Sindicato do Futebol, que tocava a iniciativa, ser questionado. Após a posse de Aldo Rebelo, que substituiu Orlando Silva Jr., a iniciativa perdeu espaço no ministério. No site da pasta, havia um espaço para pré-cadastramento e, nos postos de cadastramento, seriam tiradas fotos e colhidas as digitais. Ele incluiria dados biométricos dos torcedores, a exemplo do que faz a Justiça eleitoral. O plano era utilizar a mesma espécie de equipamento. Hoje, o projeto ainda aparece com destaque no site, mas quando se tenta entrar na página, é informado que aquele endereço não existe. Para viabilizar o Torcida Legal, foi acertado, em 2009, termo de compromisso entre Ministério da Justiça, Conselho Nacional de Justiça, CBF, Ministério do Esporte e Conselho Geral dos Procuradores-Gerais. Posteriormente, foi alterado o Estatuto do Torcedor para permitir a implantação do Juizado Especial Criminal e que previa o cadastramento das organizadas. A alteração no texto do Estatuto do Torcedor, de março de 2010, incluiu no artigo 2 a necessidade de as organizadas terem um cadastro dos membros com dez informações: nome, fotografia, filiação, número do registro civil, número do CPF, data de nascimento, estado civil, profissão, endereço e escolaridade. Quem cometesse atos de violência ou vandalismo entraria em uma lista e não poderia entrar nas arenas. A identificação seria possível com a implantação de um sistema eficiente de identificação na porta dos estádios. Para dar andamento ao projeto foi celebrado um Termo de Ajustamento de Conduta com federações, ministérios públicos e organizadas dos Estados de São Paulo, Rio, Pernambuco e Minas. Para este ano, segundo documentação do Ministério do Planejamento, está previsto que o Ministério do Esporte receba R$ 36,4 milhões. A verba serviria para "realizar ações de implantação de controle de acesso e de monitoramento nos estádios, para a segurança do torcedor. Procurado ontem pela reportagem, o Ministério do Esporte não se pronunciou. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |