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Brasil vai na contramão de anfitriões

2012 Previsão do COB não segue salto histórico das sedes anteriores

DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO

A história recente dos Jogos Olímpicos mostra que os futuros anfitriões do evento começam a subir no quadro de medalhas quatro anos antes de se tornarem sede.

Foi na edição anterior àquela em que receberam os Jogos que Austrália, Grécia e até potências como China e EUA impulsionaram sua frequência no pódio.

Uma tendência que já pôde ser observada pelo Reino Unido em Pequim-2008.

Mas o Brasil, que conquistou há quase três anos o direito de ser sede em 2016, tem planos que vão na contramão do histórico das sedes.

A justificativa do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) é que a entidade passou maior parte do tempo deste ciclo olímpico ocupada com outros assuntos que não fossem a equipe que vai a Londres.

"Pretendemos repetir o número de medalhas de Pequim", anunciou, na quarta-feira passada, Marcus Vinícius Freire, superintendente-executivo do comitê.

"Faltou tempo. Tivemos duas mudanças gigantes no esporte nacional: o Pan-2007 e a vitória em outubro de 2009 para trazer os Jogos para cá. Por isso, nossa meta será parecida para Londres."

Em Pequim-2008, o país ganhou 15 medalhas (três ouros, quatro pratas e oito bronzes) e terminou no 23º posto.

O Brasil olímpico acumula dez ou mais pódios desde 1996. Em Atenas, foram dez medalhas, sendo cinco ouros.

O cenário para os brasileiros difere do que foi feito pelos britânicos há quatro anos. Eles projetaram terminar na quarto posto. E conseguiram.

Subiram 47 vezes ao pódio em Pequim, um crescimento de 51% em relação ao desempenho de Atenas-2004, quando somaram 31 medalhas. A meta para Londres-2012, que começa em 27 de julho, é de terminar em terceiro lugar.

Os gregos também celebraram um crescimento antes de receberem os Jogos, em 2004. Conseguiram 13 pódios em Sydney-2000 contra oito alcançados em Atlanta-1996.

Os australianos saltaram de 27 premiados em Barcelona-92 para 41 em Atlanta-96 (51% de acréscimo). Muitos iniciaram nos EUA uma trajetória que terminou com o ouro na Olimpíada de Sydney. Como Cathy Freeman, prata em Atlanta e ouro em casa nos 400 m do atletismo. A Austrália teve 58 pódios no evento que sediou.

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