Djokovic ganha título e confiança

	Michael Regan/France Presse
	Novak Djokovic como troféu em Key Biscayne, na Flórida

O sérvio Novak Djokovic mostrou ontem por que lidera o ranking mundial com folga. Ele derrotou o britânico Andy Murray, quarto do mundo, por 6/1 e 7/6, na final do Masters 1.000 de Miami.

Foi o 30º título na carreira de Djokovic, 24, e o terceiro em Miami -somente Andre Agassi (seis) conquistou o torneio mais vezes do que ele.

O sérvio dominou a partida contra Murray e chegou ao 11º título de um Masters 1.000 sem ceder um set aos rivais.

Apesar de não ter somado pontos no ranking (como foi campeão no ano passado, manteve seus atuais 12.670), Djokovic foi beneficiado pelo tropeço de seus mais próximos perseguidores.

O número dois do mundo, o espanhol Rafael Nadal, que havia sido vice-campeão em 2011, abandonou o torneio na semifinal. O suíço Roger Federer, terceiro do ranking, caiu na terceira rodada, também piorando sua campanha do ano passado (semifinal).

"Jogar como joguei em Miami me dá confiança para a temporada de saibro", afirmou Djokovic, que informou que seu primeiro torneio na superfície será no Masters 1.000 de Montecarlo, que começa no dia 16 de abril.

No ano passado, ele não disputou o torneio por conta de uma lesão no joelho.

O sérvio lembrou que o saibro tradicionalmente é um grande reduto de espanhóis e latino-americanos, mas que se sente "jogando igualmente bem em todos os pisos".

Ele foi campeão nos Masters 1.000 de Roma e Madri no ano passado, mas sua única falha no Grand Slam de 2011 aconteceu justamente em Roland Garros.

"A terra batida exige um esforço físico maior dos jogadores", afirmou o sérvio, que detalhou seu calendário.

"[Depois de Montecarlo] terei uma semana de descanso e outro de treino [antes de Madri e Roma]. É tempo suficiente para me preparar, porque é preciso estar com um físico perfeito para esta superfície", completou ele.

Murray, que tem desvantagem de 8 a 5 no confronto com Djokovic, disse que ter feito um segundo set equilibrado foi positivo, já que encarou o "melhor do mundo".

"Ele se move muito bem pela quadra, golpeia bem dos dois lagos e tem poucas falhas em seu jogo", afirmou Murray depois da decisão.

"Quando você joga contra ele é necessário, normalmente, de 15 a 17 trocas de golpes. É preciso ter muita paciência para conquistar o ponto", completou o tenista, que classificou o nível atual de Djokovic como "excepcional".

Murray foi o único adversário que conseguiu derrotá-lo duas vezes desde que o sérvio assumiu a liderança do ranking, em julho de 2011.