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Seletivos

Rivais na Libertadores, Santos e Inter usam estratégia de vender jogadores para segurar estrelas

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO
ADRIANO WILKSON
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Os dois últimos campeões da Libertadores adotaram uma fórmula para manter seus times competitivos: fazer todo esforço possível para segurar as estrelas e vender todos os outros atletas.

Foi assim que o Santos, atual campeão, reteve Neymar em 2011. Foi assim que o Inter, vencedor em 2010, segurou Leandro Damião.

Os dois times estão no Grupo 1 da Libertadores, com Juan Aurich (Peru) e The Strongest (Bolívia). O Santos lidera a chave, com 9 pontos, dois a mais que o Inter. Amanhã, as equipes brasileiras se enfrentam em Porto Alegre.

Os dois atacantes, titulares da seleção brasileira e principais estrelas do duelo no Sul, só ficaram no Brasil porque os clubes venderam atletas que os cercavam.

Desde 2010, quando Neymar se tornou seu principal astro, o Santos vendeu os laterais Danilo e Alex Sandro, o volante Wesley, o meia Alan Patrick e o atacante André.

Descontados os valores que o clube repassou aos parceiros donos de partes dos direitos dos atletas, a diretoria arrecadou cerca R$ 29 milhões nessas negociações.

Para essas vagas, o time contratou jogadores veteranos, com alta rodagem, que chegaram com pouco custo: Fucile na lateral direita, Juan, para a esquerda, Ibson no meio e Borges no ataque.

O meia Paulo Henrique Ganso, que era "inegociável" ao lado de Neymar, agora mudou de lista. O Santos só espera uma proposta alta para vender seu camisa 10.

A política do Santos se assemelha à pregada pelo Internacional nos últimos anos.

Os dois últimos presidentes, Fernando Carvalho e Vitório Píffero, falavam abertamente que era preciso vender um ou dois jogadores por ano para fechar o ano no azul.

Assim, o time negociou nos dois últimos anos revelações como o volante Sandro, o meia Giuliano, o atacante Taison e o zagueiro Juan.

Jogadores mais rodados, mas que tinham papel importante, também saíram, como Andrezinho e Alecsandro.

O atual presidente, Giovanni Luigi, atravessou 2011 recebendo -e recusando- propostas por Leandro Damião.

O cartola negou € 18 milhões (quase R$ 44 milhões) dos ucranianos do Shakthar Donetsk pelo atacante.

Mais do que a vontade de cartolas, a manutenção de Neymar e Damião no Brasil passou pela vontade dos jogadores. O santista estrelou até propaganda de TV em que faz piada com a Europa. O colorado também disse que não tem pressa para sair do país.

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