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Turista paga novo estádio de Miami

BEISEBOL
Taxa de hotéis financia US$ 297 mi, mais de metade da obra

DE SÃO PAULO

Os milhares de turistas brasileiros que vão para Miami ajudaram a construir o novo estádio do time de beisebol profissional da cidade.

Ontem aconteceu a inauguração, em jogos oficiais, do Marlins Park, a nova casa da franquia do mais tradicional esporte norte-americano.

Construído ao custo de US$ 515 milhões (quase R$ 950 milhões), o estádio do Miami Marlins só ficou em pé por causa do dinheiro público.

Mais de dois terços da conta foram pagos pelo condado onde fica Miami e pela prefeitura da cidade, uma das preferidas dos brasileiros.

O grosso do dinheiro -US$ 297 milhões- saiu de um fundo que conta com a taxa de turismo paga pelos hóspedes dos hotéis da cidade.

Pela lei, esse dinheiro só pode ser usado para investimentos em turismo, o que gerou enorme controvérsia, já que muitos não consideram um estádio de beisebol algo relacionado ao tema.

Houve tentativa de vetar o repasse da verba, o que também dividiu os políticos. A escolha dependia da vontade de uma espécie de conselho.

A polêmica aumentou depois que o governo federal dos EUA passou a investigar a negociação entre o time, privado, e as autoridades da cidade da Flórida.

Apesar das linhas modernas e do teto retrátil, o custo do estádio também foi criticado. Principalmente porque sua capacidade não é das maiores: 37 mil lugares.

O custo por assento da arena, por exemplo, é quase o dobro do que vai custar o Itaquerão, o estádio brasileiro para a abertura da Copa-14.

Investimento público em arenas privadas está longe se de ser uma novidade nos Estados Unidos.

Praticamente todas as arenas construídas nessa década tiveram participação de governos estaduais ou municipais, incluindo até de times milionários de Nova York.

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